Crise americana
Agora, parece mesmo ser oficial: a crise econômica dos Estados Unidos acabou. Pelo menos é o que vem divulgando a grande imprensa do país. ?A maior economia do mundo saiu da recessão?, diziam. Os dados divulgados no final da semana passada pelo Departamento do Comércio americano indicam que a economia do país voltou a crescer depois de quatro trimestres consecutivos de queda. Pelos dados do Departamento, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos registrou alta de 3,5%, entre julho e setembro, superando a expectativa de 3,2% dos analistas.
Nem tudo são flores (ainda)
Só porque o PIB americano deu saldo positivo não quer dizer que o céu é de brigadeiro. Há ainda um longo caminho de recuperação a ser trilhado. Tudo isso na verdade é resultado de estímulos e ajudas governamentais que não têm como durar para sempre. Na indústria automobilística o governo injetou um caminhão de dinheiro, mas ela ainda não está firme das pernas. Com os estímulos, as pessoas consumiram mais, o governo gastou mais, houve reposição de estoques, as exportações cresceram (também pudera com o dólar baixo, o produto americano está baratinho. Os brasileiros que o digam!).
Risco de bolha
Tá certo, a situação está começando a melhorar, mas, segundo analistas, não tanto que se justifique as altas fortes nas bolsas e nos preços das commodities das últimas semanas. Exageros sempre acontecem quando o otimismo é demais. O principal risco é que se forme uma nova bolha. Ou seja, vivemos um momento delicado ainda neste processo de recuperação da economia global.
Taxas de juros
A economia americana volta a dar sinais de aquecimento e com isso já surge também a pergunta sobre onde vai parar a taxa de juros do país. Historicamente praticando taxas muito baixas, já se questiona se isso não vai aquecer demais a economia, estimular a inflação e desvalorizar o dólar. Por enquanto, o Federal Reserve (o Banco Central dos USA) não tocou no assunto.
Imóveis
As vendas pendentes de casas no país aumentaram 6,4% em agosto, marcando a sétima alta consecutiva nessa modalidade de vendas. Os dados são da Associação Nacional de Corretores de Imóveis. A venda de uma casa é considerada pendente quando o vendedor aceitou a oferta, mas o negócio ainda não foi fechado. Normalmente, leva-se dois meses até a venda ser concluída.
Menos presentes!
Para não ter surpresas, o melhor é não esperar receber a mesma quantidade de presentes dos anos anteriores. Para 65% dos americanos, neste final de ano, serão menos presentes, menos viagens e menos entretenimento. Uma pesquisa feita pelo Consumer Reports apurou que a população prevê gastar bem menos este ano para comemorar as datas festivas.
Menos presentes II
As pessoas ouvidas para a pesquisa da Consumer informaram que vão gastar menos com roupas e equipamentos eletrônicos (que continuam sendo os dois itens mais dados como presentes nesta temporada), assim como outros artigos como gift cards e jóias. Desta forma, se você ficar sem presente, culpe a crise econômica, pois esta foi a razão apontada pela população ouvida na pesquisa.
Melhores salários
O setor de saúde lidera, em 2009, a lista de empregos que melhor pagam nos USA, segundo a revista Money. Dos dez postos de trabalho que recebem os melhores salários, os quatro primeiros atuam na saúde. No topo estão os anestesiologistas com um salário médio anual de $292 a $409 mil, seguidos por obstetra-ginecologista ($222 a $338 mil), psiquiatra ($177 a 279 mil) e enfermeira anestesiologista ($157 a $214 mil). Só em quinto lugar vem o diretor de vendas, com um salário médio de $140 mil, seguido pelo contador, diretor financeiro, programador de software, advogado e em décimo lugar o corretor de seguros.
Empregos
Mais de 47 mil empregos foram mantidos na Flórida graças a estímulos financeiro recebidos do governo federal. A principal área beneficiada foi a de educação, com cerca de 3 mil professores mantidos em seus cargos e mais de 500 treinadores e funções de apoio criados nas escolas de Broward e Palm Beach. Em nível nacional, a Casa Branca informou que 650 mil empregos foram salvos devido aos estímulos econômicos feitos pelo presidente Barack Obama. O objetivo final do governo federal, no entanto, é salvar 3,5 milhões de empregos até o final do ano que vem.

