Mais de 600 pessoas buscaram nesta terça-feira (29) refugio nos seis albergues destinados pela Cruz Vermelha para dar teto, água e comida à dezenas de famílias obrigadas a evacuar.
Os abrigados, em sua maioria residentes de casas móveis ou de áreas de risco, chegaram carregando colchões, almofadas, colchas, rádios e até TVs para seguir passo a passo o desenrolar da passagem de Ernesto.
“Já são caras conhecidas”, disse o voluntário Luis Riera, que ajudava ontem pela tarde a mais de 170 pessoas refugiadas na escola secundária Robert Morgan.
“Mas não damos somente alimentos, como também atenção, porque são pessoas que ano após anos vêem nos procurar nos refúgios”, completou Riera, de 43 anos, que começou aos 17 a colaborar com a Cruz Vermelha.
“Com o passar dos anos, eles vão se tornando nossos amigos. Chegam até a nos convidar para seus casamentos, batizados de seus filhos e a dividir os momentos importantes de suas vidas”, disse Riera, que também trabalha com outros noves voluntários no local.