A mortalidade do boto-cor-de-rosa na Amazônia é causada, principalmente pela caça e pelo desequilíbrio ambiental. Porém, a caça é a principal ameaça a essa espécie conhecida como boto-vermelho.
A caça desses animais é proibida. O mamífero é considerado um símbolo da Amazônia, pertencente a uma lenda popular, porém a sua proteção é ineficaz pelo descumprimento da lei e da dificuldade das autoridades de monitorar vastas regiões de florestas e de rio. Estima-se que mais de 30 mil botos são mortos anualmente na região amazônica.
Em 2010, na região de Tefé, 346 botos-vermelhos foram mortos no ano, quantidade sete vezes maior em relação ao limite previsto para a espécie não ser inserida na lista de animais em risco de extinção, seria necessária que a mortalidade caísse para 48 mortes ao ano.
Além da caça intencional, os botos são vítimas da pesca acidental que utiliza longas redes com iscas. Apesar das estimativas, os pesquisadores do Inpa (Instituto de Pesquisas da Amazônia) e da Ampa (Associação Amigos do Peixe Boi) calculam que a quantidade de botos mortes deve muito maior.
Os números registrados na região de Tefé foram levantados num estudo realizado pela Aquavert (Conservação de Vertebrados Aquáticos Amazônicos), do instituto Mamirauá. As pesquisas avaliaram as atividades pesqueiras na região e desenvolveram alternativas para a proteção da espécie.
Os pesquisadores resgataram carcaças de botos mortos para necropsia. As verificações revelaram que a maioria dos animais morreu presa em equipamentos de pescas. Segundo a Ampa, cada espécie de boto-vermelho pode medir até 2,5 metros e pesar 180 quilos.
A IUCN (Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais) não possui dados oficiais a respeito da vulnerabilidade do boto-cor-de-rosa no planeta, entretanto, considerando os dados levantados no Brasil, acredita-se que a população de botos diminui em 10% anualmente, principalmente, na região de Tefé.
Quem for pego pescando os botos pode pegar até quatro anos de detenção no Brasil. A região amazônica possui cerca de 1,3 mil agentes do Ibama, o que impossibilita uma fiscalização mais ampla na região.

