A nadadora americana, Diana Nyad, abandonou a sua quarta tentativa de atravessar o estreito que separa Cuba e Flórida, no dia 21. A travessia vinha sendo feita sem jaula protetora contra os tubarões. De acordo com sua equipe de apoio, a atleta havia nadado mais de 96 dos 160 quilômetros do desafio. Era esperado que no dia 21 ela alcançasse a costa americana.
De acordo com informações da “Reuters”, Nyad enfrentou fortes ventanias, mar agitado e águas-vivas, após ter partido de Cuba, no dia 18. A americana passou mais de 60 horas na água antes de abandonar a travessia.
O líder da equipe de tripulação e apoio, Mark Sollinger, que acompanhava Nyad em cinco barcos enquanto, ela tentava realizar a travessia, disse à “CNN” que uma poderosa e “extremamente difícil corrente do Golfo” tinha empurrado fortemente Nyad para fora de seu curso.
Ela tinha planejado chegar a algum lugar em Florida Keys, no dia 21, um dia antes de seu aniversário de 63 anos, mas levaria mais 28 a 40 horas para completar a travessia e, por isso, finalmente desistiu, disse Sollinger.
Ele contou que os lábios e o rosto de Nyad estavam muito inchados e que ela estava sofrendo de exaustão. Fora isso, afirmou, ela estava bem para “alguém que tinha acabado de passar 63 horas tentando algo monumental e extremamente perigoso”.
Se tivesse completado a travessia, ela teria alcançado o recorde mundial para o mais longo “nado sem assistência em mar aberto”, sendo que, ao invés da gaiola, um equipamento que emitia uma leve corrente elétrica na água mantinha os tubarões afastados durante a maior parte de sua natação. Sua roupa especial também a protegia das picadas de medusas, que impediram Diana de concluir a travessia em sua terceira tentativa, em setembro de 2011.
Um mês antes, em sua segunda tentativa, Diana teve que abortar a missão após sofrer um ataque de asma. A primeira tentativa da americana aconteceu em 1978, quando teve que abandonar a travessia por conta do mau tempo, após 42 horas no mar.


