Uma famosíssima música italiana, cantada por Mina, chamava-se “Parole, parole” (“Palavras, palavras”): o amante canta palavras de amor às quais a cantora, Mina, responde, “palavras, palavras, palavras somente palavras... palavras de amor”.
Lembrei dessa música porque outro dia minha mãe veio me contar sobre a sua faxineira. A moça trabalha para ela, quinzenalmente, há 7 anos. Sempre lhe pareceu uma boa pessoa. Todas as vezes que ela ia limpar, minha mãe preparava um almoço especial, escutava os problemas dela, dava-lhe conselho, trazia presentes quando viajava e doava-lhe roupas e utensílios. Enfim, ótimo tratamento.
Acontece que já tem um bom tempo que a moça começou a desmarcar a faxina, geralmente em cima da hora, e passar para a semana seguinte. Havia sempre algo acontecendo – que minha mãe compreendia e relevava. E aguardava, ou ela mesma limpava, caso estivesse para receber visitas ou a casa estava precisando urgente de uma faxina.
Até que o outro dia, minha mãe com a mão enfaixada, recebeu mais uma mensagem de texto da moça que disse estar indo ao hospital levar a prima grávida...
Minha mãe se cansou e quer mudar de faxineira. Trocou umas mensagens com a moça a qual se desculpou e explicou a situação, disse que não é nada do que minha mãe pensa, foi isso e foi aquilo... Minha mãe foi ficando um pouco confusa, talvez com um pouco de sentimento de culpa, afinal a moça precisa de trabalho... Esta mandando-lhe “beijo no coração” e um “gosto muito da senhora”...
Uma famosíssima música italiana, cantada por Mina, chamava-se “Parole, parole” (“Palavras, palavras”): o amante canta palavras de amor às quais a cantora, Mina, responde, “palavras, palavras, palavras somente palavras... palavras de amor”.
Lembrei dessa música porque outro dia minha mãe veio me contar sobre a sua faxineira. A moça trabalha para ela, quinzenalmente, há 7 anos. Sempre lhe pareceu uma boa pessoa. Todas as vezes que ela ia limpar, minha mãe preparava um almoço especial, escutava os problemas dela, dava-lhe conselho, trazia presentes quando viajava e doava-lhe roupas e utensílios. Enfim, ótimo tratamento.
Acontece que já tem um bom tempo que a moça começou a desmarcar a faxina, geralmente em cima da hora, e passar para a semana seguinte. Havia sempre algo acontecendo – que minha mãe compreendia e relevava. E aguardava, ou ela mesma limpava, caso estivesse para receber visitas ou a casa estava precisando urgente de uma faxina.
Até que o outro dia, minha mãe com a mão enfaixada, recebeu mais uma mensagem de texto da moça que disse estar indo ao hospital levar a prima grávida...
Minha mãe se cansou e quer mudar de faxineira. Trocou umas mensagens com a moça a qual se desculpou e explicou a situação, disse que não é nada do que minha mãe pensa, foi isso e foi aquilo... Minha mãe foi ficando um pouco confusa, talvez com um pouco de sentimento de culpa, afinal a moça precisa de trabalho... Esta mandando-lhe “beijo no coração” e um “gosto muito da senhora”...

