O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, afirmou nesta terça-feira que o pai e o filho suspeitos de realizar um ataque terrorista antissemita durante uma celebração de Hanukkah na famosa Bondi Beach foram motivados pela ideologia do Estado Islâmico (ISIS). O atentado deixou 15 mortos, incluindo uma menina de 10 anos e um sobrevivente do Holocausto.
Segundo Albanese e a comissária da Polícia Federal Australiana, Krissy Barrett, o ataque foi claramente inspirado pelo ISIS. As autoridades confirmaram que bandeiras improvisadas do grupo terrorista e um artefato explosivo caseiro foram encontrados no veículo dos suspeitos.
Os acusados são Sajid Akram, de 50 anos, morto pela polícia no local, e seu filho, de 24, que permanece hospitalizado. As armas usadas pertenciam legalmente ao pai. A polícia indiana confirmou que Sajid Akram era natural de Hyderabad e havia migrado para a Austrália em 1998. O filho, Naveed Akram, nasceu na Austrália e é cidadão do país.
Investigações revelaram que ambos viajaram às Filipinas durante quase todo o mês de novembro, passando por uma região conhecida pela atuação de grupos extremistas, o que levantou suspeitas de possível treinamento paramilitar. Autoridades australianas apuram os motivos da viagem.
O caso reacendeu críticas sobre falhas de inteligência e segurança, especialmente diante de informações de que o filho já havia sido investigado por possíveis ligações com células pró-ISIS. Líderes da comunidade judaica e autoridades israelenses criticaram o governo australiano por não conseguir evitar o ataque e por não garantir proteção adequada ao evento.
Fonte: CBS

