A Justiça da Holanda marcou para 14 de julho uma audiência sobre o processo que decidirá sobre as responsabilidades da mineradora brasileira Vale no rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015. A ação foi impetrada no Tribunal Distrital de Amsterdã pela Fundação Stichting Ações do Rio Doce, que representa 75 mil atingidos pelo desastre, além de vários municípios.
A barragem era operada pela mineradora Samarco, uma joint-venture entre a Vale e a mineradora anglo-australiana BHP.
Perante a Justiça brasileira, um acordo de reparação para os danos já foi estabelecido e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).Com o colapso da barragem, em 5 de novembro de 2015, cerca de 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos – volume suficiente para encher 15,6 mil piscinas olímpicas - escoaram por 663 quilômetros pela Bacia do Rio Doce, até encontrar o mar no Espírito Santo.
A tragédia deixou 19 mortos, além de ter destruído os distritos mineiros de Bento Rodrigues e Paracatu.Também houve impactos ambientais severos na Bacia do Rio Doce, e as populações de dezenas de municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo foram afetadas.

