Esta é a primeira vez que a 17ª Campus Party Brasil (CPBR17) - edição nacional do evento - é realizada em Brasília, depois de a capital ter sediado etapas regionais em anos anteriores. A estimativa é que cerca de 150 mil pessoas visitem a Arena BRB Mané Garrincha até domingo (22), segundo da organização.
No espaço de 6 mil metros quadrados do ginásio, o público tem a oportunidade de conferir inovações tecnológicas durante o evento, que começou nesta quarta-feira (18). Entre os temas programados estão a internet das coisas e robôs, palestras de 500 influenciadores e especialistas no tema e no universo geek, e atividades imersivas e da cultura maker , no conceito do "faça você mesmo".
O objetivo é aprender sobre tecnologia de forma prática, com abordagem acessível, além de torcer por equipes em arenas de diversas competições, como a primeira edição nacional da Printer Chef, na capital federal. Inspirada em reality shows de culinária, a batalha gastronômica usa alimentos impressos em 3D (tridimensional), a partir de ingredientes comestíveis.Agência Brasilno Instagram
O diretor da Campus Party, Tonico Novaes, detalhou à
Agência Brasilas novidades desta edição. Entre elas, o maior campeonato de robótica da América Latina, promovido pela Robocore; o Fórum sobre Inteligência Artificial que vai debater regulamentação e uso no Brasil; oficinas de montagem e pilotagem de drones. Também será realizada a Olimpíada de Energias Nucleares, promovida por uma das comunidades da sociedade civil que participa Campus Party.
Estudantes, acadêmicos e empresários são aguardados no estádio.
“Temos atrações tecnológicas para todas as idades e todos os níveis de conhecimento. Há atividades lúdicas, para quem está começando, até atividades mais engajadas e de conteúdos mais densos”, anuncia Tonico Novaes.
Outro destaque são os Hackathons, maratonas de desenvolvimento de soluções inovadoras para desafios propostos, em curto período. A partir da parceria entre o evento e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, pessoas com diferentes habilidades devem apresentar respostas tecnológicas em torno de três desafios: cidade mais segura; segurança para cidadãos e erradicação do feminicídio. “São desafios que os campuseiros vão participar e que vão ficar como legados para toda a sociedade”.
Campuseiros
Para enfrentar a empreitada de 24 horas por dia até domingo, 2 mil campuseiros - como são chamados os participantes de Campus Party - estão acampados no estádio, em barracas-iglu enfileiradas.
Um deles é o indígena Eliezer Mariano Jorge, professor em duas escolas de Dourados (MS), a Escola Municipal Indígena Tengatui Marangatu - Polo e a Escola Estadual de Ensino Médio Indígena Guateka Marçal de Souza.

