A ameaça de grupos extremistas invadindo as capitais dos estados em uma série de manifestações neste domingo, 17, e nos próximos dias levou os governadores a fazer uma demonstração massiva de força e implementar medidas de segurança rígidas em prédios federais de todo o país.
Vedações, janelas fechadas com tábuas e filas de policiais e soldados da Guarda Nacional transformaram os terrenos do parlamento antes das esperadas manifestações pela posse do presidente eleito Joe Biden na quarta-feira, 20.
As medidas de segurança intensificadas são para proteger prédios do governo do tipo de violência que ocorreu no Capitólio em 6 de janeiro, quando uma multidão apoiando o presidente Donald Trump invadiu o prédio enquanto o Congresso certificava a votação do Colégio Eleitoral.
Na semana passada, o FBI alertou sobre o potencial de protestos armados no Capitólio do país e em todos os 50 edifícios do capitólio estadual a partir deste fim de semana. Algumas mensagens de mídia social tinham como alvo as manifestações neste domingo, embora não estivesse claro quantas pessoas poderiam aparecer.
A segurança em Washington, D.C., intensificou-se antes da posse. Uma cerca alta circunda o Capitólio dos EUA, o National Mall está fechado ao público em geral e o prefeito do Distrito de Columbia pediu às pessoas que não o visitassem. Cerca de 25.000 soldados da Guarda Nacional de todo o país deveriam estar na cidade no início da semana.
Mais de um terço dos governadores convocou a Guarda Nacional para ajudar a proteger suas capitais estaduais e ajudar os policiais locais. Vários governadores decretaram estado de emergência e outros fecharam seus capitólios ao público até depois do dia da posse de Biden.
Segundo a Associated Press, alguns estados também cancelaram sessões legislativas até esta semana, alegando precauções de segurança. O Texas está entre os estados que fecharam seus campos de capitólio durante a posse.
“O Departamento de Segurança Pública do Texas está ciente dos protestos armados planejados no Capitólio do Estado do Texas nesta semana e de extremistas violentos que podem tentar explorar eventos protegidos pela constituição para realizar atos criminosos”, disse Steve McCraw, diretor da agência.
Mesmo antes da violência no Capitólio dos Estados Unidos, alguns prédios federais foram alvo de vândalos e manifestantes furiosos durante o ano passado.
Na primavera passada, manifestantes armados entraram no Capitólio de Michigan para se opor aos bloqueios relacionados ao coronavírus e foram confrontados pela polícia. As pessoas se irritaram com a morte de George Floyd, que morreu depois que um policial de Minneapolis pressionou o joelho em seu pescoço por vários minutos. O caso incitou protestos em capitais de vários estados, incluindo Colorado, Ohio, Texas e Wisconsin.
No mês passado, multidões em Oregon forçaram a entrada no Capitólio estadual em Salem para protestar contra o fechamento ao público durante uma sessão legislativa especial sobre medidas contra o coronavírus.
