O jordaniano Mohammad Al Sharairei, de 47 anos, foi condenado por tráfico de maconha sintética pela Justiça do estado de Iowa, na terça-feira, 13. Em 2014, ele fugiu dos Estados Unidos para o Brasil, de onde foi extraditado no ano passado.
Por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), ele foi extraditado em fevereiro do ano passado. Na cidade de São Paulo, o réu se passava por refugiado sírio, enquanto constava na lista de procurados da Interpol.
De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, Al Sharairei tinha uma tabacaria de fachada, em sociedade com sua mulher, Melissa Al Sharairei, de 39 anos, na cidade de Cedar Rapids. O estabelecimento comercializou mais de US$ 1,3 milhão em drogas sintéticas no prazo de 18 meses, segundo a acusação.
"Testes mostraram que essas substâncias canabinóides sintéticas são muito mais potentes que a maconha e foram associadas a graves efeitos psicológicos e físicos, incluindo a morte", disse o Departamento de Justiça.
Al Sharairei e Melissa chegaram ao Brasil em 2014. Primeiro, eles fugiram para a Califórnia. Depois, passaram pelo México e pela Venezuela. A dupla entrou no país pela cidade de Pacaraima, em Roraima.
O casal teve a prisão decretada e cumprida em 22 de fevereiro de 2019. Em seguida, um processo de extradição foi aberto. Eles deixaram o Brasil em 2021.
O jordaniano agora aguarda a sentença que será proferida pelo juiz do Tribunal Distrital dos Estados Unidos, Leonard Strand. A pena máxima é de 40 anos de prisão e multa de US$ 1,5 milhão.