O assassino confesso da brasileira Anna Laura Costa Porsborg contou em audiência preliminar realizada no dia 24 de julho, em Los Angeles, que a jovem que era soldado do exército norte-americano foi morta por estrangulamento e que ele manteve o corpo dentro de uma grande mala durante dois dias no hotel onde estavam hospedados, até decidir como ele faria para se livrar do corpo sem levantar suspeitas.
Luís Antônio Akay, que também é brasileiro, disse que após uma discussão no quarto do hotel no dia 27 de dezembro de 2022, Anna Laura teria atingido o rosto dele por duas vezes, e por esse motivo ele teria segurado a jovem pelos braços, a jogou no chão e apertou o pescoço dela até a morte.
O assassino confesso contou ainda que saiu do hotel com o corpo de Anna Laura em uma grande mala azul no dia 29 de dezembro, e teria ido até uma região montanhosa onde teria enterrado o corpo de Anna Laura, cobrindo-o com pedras, mas disse não lembrar o local exato.
Imagens das câmeras do circuito interno do hotel foram juntadas ao processo pela advogada de acusação e mostram o momento em que Luís Akay carrega a mala com dificuldade pelos corredores do hotel. Câmeras também capturaram imagens dele seguindo com a grande mala em direção à Angeles National Forest, uma grande área de mata nas redondezas do hotel.
A mãe de Anna Laura viajou de Santarém, oeste do Pará, a Los Angeles para acompanhar a audiência preliminar e ficou a 3 metros de distância do assassino confesso de Anna Laura. Ao g1, Erbena Costa disse que apesar de toda a dor que sente pela morte da única filha, segue em busca de justiça e firme na esperança de que o corpo da filha seja encontrado para que ela possa ter um enterro digno.
“É extremamente difícil e doloroso falar sobre esse tema, mas eu não podia deixar de ir a Los Angeles para assistir à audiência preliminar em que a advogada de acusação relatou todas as circunstâncias com provas de que esse senhor Luís Akay, tinha realmente assassinado a minha filha num quarto de hotel. Então, o próximo passo é, segundo a advogada de acusação, todo mês ela irá lá na corte, e aos poucos, ela vai apresentando todas as provas e evidências”, contou.
Erbena disse ainda que espera que outras vítimas ou famílias de vítimas de Luís Akay apareçam a partir das notícias sobre as investigações da morte de Anna Laura, para que ele não fique impune.
“A polícia lá de Los Angeles é muito diferente daqui. Eles trabalham tudo com muito sigilo, eles pedem para a gente não falar, mas fica impossível, porque eu estive a três metros desse assassino. E, pelas nossas postagens, conseguimos localizar uma outra família de Sorocaba (SP), que ele agiu praticamente igual.
Então, nós esperamos que, com isso, divulgando, a gente consiga mais pessoas, porque nós já descobrimos, inclusive, em New Jersey, nos Estados Unidos, uma outra pessoa que não chegou a ser morta, mas foi trancada por ele durante vários dias no local. Então, essa situação está sendo considerada como um serial killer”, relatou.
O caso que foi arquivado no Brasil por falta de provas contra Luís Akay, aconteceu há seis anos. Uma mulher teve um relacionamento de aproximadamente 4 meses com Luís, sumiu após uma discussão com ele, e e nunca mais foi encontrada. O desaparecimento foi registrado em fevereiro de 2017, há seis anos.
Porém, com a repercussão do caso de Anna Laura em que ele confessou o assassinato, o inquérito foi reaberto para novas investigações.
Em março deste ano, policiais do Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles (Los Angeles County Sheriff's Departament) estiveram no Departamento de Polícia Judiciária do Interior 7 em Sorocaba, interior de São Paulo, realizando um trabalho de cooperação internacional.
Fonte: g1.

