Você possui um seguro de locatário? Quando o inesperado acontece - seja incêndio, furacão, chuva de granizo ou erro humano - o seguro para locatários pode proporcionar a estabilidade necessária. Mas muitos optam por não adquirir cobertura, inclusive em locais atingidos duramente por desastres naturais, como mostra uma nova pesquisa.
O custo médio de uma apólice de seguro de locatário em 2023 era de US$ 148 por ano, ou cerca de US$ 12 por mês, de acordo com a análise mais recente da NerdWallet. Esse número é baseado em uma apólice para uma hipotética pessoa de 30 anos, com US$ 30.000 em cobertura de bens pessoais, US$ 100.000 em cobertura de responsabilidade civil e um valor dedutível (deductible) de US$ 500, mas as taxas de cobertura variam amplamente de acordo com o estado e as opções de apólice.
De acordo com a organização sem fins lucrativos Financial Health Network, ao serem questionados sobre o motivo pelo qual optaram por não adquirir seguro para locatários, mais de um em cada três entrevistados disse que o custo era muito alto e sentiram que não havia necessidade de adquiri-lo.
Os estados com perdas anuais superiores à média incluem Califórnia, Flórida, Louisiana, Texas e Washington. As perdas são causadas por inundações, furacões, deslizamentos de terra e incêndios florestais, entre outros eventos climáticos incomuns, como tornados.
Após um desastre, os locatários não são responsáveis pelo financiamento dos reparos no prédio onde moram, mas ainda precisam substituir ou reparar os pertences danificados ou destruídos. Como os arrendatários normalmente têm rendimentos mais baixos, menos riqueza e menor saúde financeira do que os proprietários, as dificuldades têm um efeito agravante.
Os autores do relatório da Financial Health Network recomendam mudanças estruturais nas políticas. Eles sugerem que os estados estabeleçam períodos de carência para consumidores que enfrentam dificuldades financeiras e lutam para pagar prêmios de seguro, para ajudar os locatários a manter a cobertura caso tenham problemas de fluxo de caixa. Eles também recomendam que os proprietários aumentem a adesão ao seguro de aluguel, tornando-o uma despesa padrão para os locatários, da qual eles optariam por não participar, em vez de optar por participar.
O que você deve ter em menteMuitas seguradoras oferecem um desconto no seguro do locatário se você comprá-lo junto com outra apólice - como seguro de automóvel, por exemplo - que é conhecido como "agrupamento" ou "bundling", em inglês. Para os consumidores que vivem em estados de alto risco, o primeiro conselho é obtê-lo e depois considerar o valor em dinheiro versus o custo de reposição.
Incêndios e muitos outros "eventos catastróficos" são normalmente cobertos até certo ponto, mas a maioria das apólices ainda exclui terremotos e inundações.
As companhias de seguros fazem esta distinção entre os tipos de compensação que um segurado recebe após as perdas. Você prefere receber o valor em dólares do que possui (o “valor em dinheiro”) ou o custo de reposição (que tende a ser mais alto, à medida que os bens se depreciam com o tempo)? Se você optar pelo “custo de reposição”, pagará um prêmio mais alto.
A maioria das apólices de seguro de locatários inclui:
- Proteção de bens pessoais: se seus pertences forem roubados ou destruídos, a seguradora paga (menos o valor deduzido/deductible).
- Responsabilidade e despesas médicas: se você for considerado responsável por uma pessoa ferida ou por danos materiais em sua casa, a seguradora paga.
- Perda de uso: se você precisar se mudar após um desastre enquanto sua casa estiver sendo reformada, a apólice poderá cobrir contas de hotel e outras despesas inesperadas nesse período.
- Lembre-se de atualizar sua apólice, já que mais coisas são adquiridas ao longo do tempo e seu custo tende a mudar. Também é importante buscar um profissional de seguros e companhia qualificados.
NEISE CORDEIRO
GAZETANEWS.COM
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