O proprietário de uma funerária no Colorado e sua esposa foram presos depois que os restos mortais em decomposição de pelo menos 189 pessoas foram encontrados recentemente em suas instalações.
Jon Hallford é dono da casa funerária Return to Nature em Penrose, uma pequena cidade a cerca de 160 quilômetros ao sul de Denver. Os restos mortais de corpos que eram para terem sido cremados foram encontrados em 4 de outubro pelas autoridades em resposta a uma denúncia de vizinhos de um “cheiro repugnante” vindo do local.
As autoridades estimaram inicialmente que havia cerca de 115 corpos no interior, mas o número aumentou posteriormente para 189 depois de terminarem de remover todos os restos mortais em meados de outubro.
Um dia depois de o odor ter sido relatado, o diretor do escritório estadual de registro de casas funerárias e crematórios falou ao telefone com Hallford. Ele tentou ocultar o armazenamento indevido de cadáveres em Penrose, reconheceu ter um “problema” no local e alegou que ali praticava taxidermia - conservação do corpo humano após a morte.
A empresa, que foi fundada em 2017 e oferecia cremações e enterros “verdes” sem fluidos de embalsamamento, continuou a fazer negócios mesmo com os problemas financeiros e jurídicos aumentando nos últimos anos. As famílias recebiam cinzas falsas no lugar do que seria dos entes queridos.
Os proprietários não pagaram impostos nos últimos meses, foram despejados de uma das suas propriedades e processados por contas não pagas por um crematório que deixou de fazer negócios com eles há quase um ano, de acordo com registros públicos e entrevistas com pessoas que trabalharam com eles.
Jon e Carrie Hallford foram presos em Wagoner, Oklahoma, sob suspeita de três crimes: abuso de cadáver, lavagem de dinheiro e falsificação, disseram as autoridades.
De acordo com a lei do Colorado, os enterros verdes são legais, mas o código estadual exige que qualquer corpo não enterrado dentro de 24 horas seja devidamente refrigerado.
O Colorado tem uma das agências funerárias mais fracas do país, sem inspeções de rotina ou requisitos de qualificação para operadores de funerárias.
Na semana passada, mais de 120 famílias preocupadas com a possibilidade de seus parentes estarem entre os restos mortais contataram as autoridades sobre o caso.
Fonte: NBC.

