O Alabama executou na noite de quinta-feira, 25, Kenneth Smith, o primeiro preso no corredor da morte conhecido por morrer por gás nitrogênio, marcando o surgimento de um método de execução totalmente novo nos Estados Unidos que, segundo especialistas, pode levar à dor excessiva ou mesmo à tortura.
Smith foi condenado à morte pelo assassinato de aluguel de Elizabeth Sennett em 1988, encomendado pelo marido da vítima, que suicidou-se uma semana depois. O mandante teria feito um seguro de vida para a esposa e estaria em um caso extraconjugal, pagando para que parecesse um roubo seguido de morte da esposa.
Em 2022, Smith sobreviveu à tentativa inicial do estado de executá-lo por injeção letal. Na quinta-feira anterior, a Suprema Corte dos EUA negou seu apelo de última hora para suspender a execução, depois de recusar o mesmo pedido na quarta-feira, 24.
A hora da morte de Smith foi às 20h25, horário local, segundo anunciaram as autoridades. Em entrevista coletiva após a execução, o comissário do Departamento de Correções do Alabama, John Hamm, disse que o nitrogênio funcionou por cerca de 15 minutos.
Num relatório conjunto, testemunhas da mídia disseram que Smith fez uma longa declaração antes de morrer, dizendo: “Esta noite, o Alabama fez com que a humanidade desse um passo para trás” e acrescentando: “Estou saindo com amor, paz e luz, obrigado por me apoiar, amo todos vocês.”
Smith pareceu consciente por “vários minutos de execução” e, durante dois minutos depois disso, “tremeu e se contorceu em uma maca”, de acordo com o relato de uma testemunha.
A hipóxia com nitrogênio é um método adotado no Alabama em 2018. Trata-se de um dos três estados, junto com Oklahoma e Mississippi, que aprovou o uso de nitrogênio para execuções, embora nenhum outro estado o tenha usado, e apenas o Alabama tenha um protocolo.
Fonte: CNN.

