O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, afirmou que a partir de 2025 cobrará do Brasil as mesmas tarifas que o país impõe aos produtos americanos. Essa ameaça faz parte de uma agenda mais protetiva que Trump já sinalizou querer adotar, visando limitar a concorrência externa e favorecer a indústria doméstica dos EUA.
Essa não é a primeira vez que Trump usa essa estratégia. Em seu primeiro mandato, ele frequentemente ameaçou parceiros comerciais para conseguir melhores negociações, como ocorreu em 2018 com as tarifas sobre aço e alumínio, que afetaram o Brasil. Na época, os dois países acordaram um sistema de “cotas rígidas”, limitando as exportações brasileiras de produtos para os EUA.
Embora ainda não haja confirmação de que as tarifas vão realmente aumentar, especialistas alertam que um aumento nas tarifas pode afetar toda a cadeia produtiva, incluindo indústrias tanto brasileiras quanto americanas. Para o consumidor brasileiro, o maior impacto seria a valorização do dólar, o que elevaria o preço de produtos importados e diminuiria o volume de exportações, já que produtores prefeririam vender para o exterior.
Além disso, a postura de Trump também pode estar relacionada à influência do Brasil no BRICS, um bloco que tem se mostrado mais independente, especialmente com a proposta de usar moedas locais em vez do dólar nas transações. Para especialistas, isso pode ser uma forma de pressionar o Brasil e a Índia a mudarem suas posturas em relação aos EUA.
Embora a medida ainda precise ser analisada, a ameaça de Trump reflete sua estratégia protecionista e pode ter efeitos significativos tanto para empresas brasileiras quanto americanas, além de impactar diretamente a economia global.
Fonte: G1
