O presidente Donald Trump emitiu o que chamou de "último aviso" ao grupo terrorista Hamas na quarta-feira (5), pedindo a liberação de todos os reféns ainda mantidos em Gaza. Isso ocorreu após a confirmação da Casa Branca de que ele havia enviado um representante para conversas diretas e inéditas com o Hamas.
Trump, em uma declaração em sua plataforma Truth Social, após reunião com oito ex-reféns na Casa Branca, afirmou: "Estou enviando a Israel tudo o que precisa para concluir o trabalho." Ele também disse: "Liberem todos os reféns agora, não depois, e devolvam imediatamente os corpos das pessoas que mataram, ou será o fim para vocês. Só pessoas doentes e distorcidas mantêm corpos, e vocês são doentes e distorcidos!"
Na quinta-feira (6), o Hamas afirmou que as ameaças de Trump "incentivam" Israel a ignorar os termos do cessar-fogo. "Essas ameaças complicam os assuntos do cessar-fogo e incentivam a ocupação a evitar implementar seus termos", disse Hazem Qasim, porta-voz do Hamas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu "abrir os portões do inferno" se o Hamas não devolver todos os reféns.
As declarações de Trump ocorreram depois que a Casa Branca confirmou que os EUA têm mantido “conversas contínuas" com o Hamas, rompendo uma política de longa data de não se envolver diretamente com grupos terroristas. Esta foi a primeira interação direta entre os EUA e o Hamas desde que o Departamento de Estado designou o grupo como uma organização terrorista estrangeira em 1997.
A confirmação das negociações em Doha, no Catar, ocorre em um momento de incerteza sobre o futuro do cessar-fogo entre Israel e Hamas. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, não detalhou o conteúdo das conversas, mas afirmou que Trump autorizou seus enviados a "dialogar com qualquer um".
O primeiro-ministro israelense Netanyahu reconheceu brevemente as negociações entre os EUA e o Hamas, mencionando que Israel expressou sua posição sobre esse tipo de diálogo.
Fonte: CBS

