A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu permitir que entre em vigor a proibição de pessoas transgênero servirem nas Forças Armadas, uma política proposta pelo presidente Donald Trump. A decisão foi tomada enquanto processos judiciais que contestam a medida ainda estão em andamento. O tribunal, dividido ideologicamente, aprovou o pedido da administração Trump sem detalhar os votos favoráveis — prática comum em decisões emergenciais.
As três juízas progressistas da Corte, Sonia Sotomayor, Elena Kagan e Ketanji Brown Jackson, votaram contra a medida. Grupos de direitos civis classificaram a decisão como "um golpe devastador", afirmando que a proibição é motivada por preconceito e não tem base na prontidão militar. Organizações como a Lambda Legal argumentam que a política desconsidera anos de serviço comprovado de militares trans e representa uma negação de sua existência.
A Casa Branca, por sua vez, celebrou a decisão como uma “grande vitória”. A secretária de imprensa Karoline Leavitt afirmou que Trump está "restaurando um exército focado em letalidade, não em ideologia de gênero woke". O Departamento de Justiça alegou que os tribunais inferiores erraram ao questionar decisões do Pentágono, que, segundo o governo, merecem deferência.
A nova política é considerada mais rigorosa que a versão anterior implementada por Trump, pois permite a expulsão de militares trans, bloqueia tratamentos hormonais e impede novos alistamentos. A estimativa é que entre 10 mil e 14 mil pessoas trans estejam nas Forças Armadas dos EUA. Estudos encomendados pelo Pentágono mostraram que a inclusão desses militares não prejudica o desempenho das tropas.
Fonte: USA Today