Pesquisadores da Virginia Tech identificaram que 28 grandes cidades dos Estados Unidos, incluindo Nova York, Dallas e Seattle, estão passando por um processo de subsidência — o afundamento gradual do solo — causado principalmente pela extração excessiva de água subterrânea. Com base em imagens de radar via satélite, o estudo mostra que mais de 65% da área urbana dessas cidades está afundando, colocando em risco cerca de 29 mil edifícios. Entre as cidades mais afetadas estão Chicago, Detroit, Houston e Nova York, onde esse processo ameaça a integridade de construções, estradas, aeroportos e outras infraestruturas críticas.
O fenômeno pode ocorrer de forma silenciosa e só se tornar perceptível quando os danos forem graves ou até irreversíveis. Os cientistas alertam que, além da ação humana, eventos climáticos extremos e o aumento do nível do mar — intensificados pelas mudanças climáticas — podem acelerar os impactos. Em cidades como Houston, parte do solo está afundando mais de 10 mm por ano. Nova York, por exemplo, já apresenta subsidência em áreas vitais como o aeroporto de LaGuardia. Já na costa oeste, cidades como São Francisco enfrentam influência adicional de atividade tectônica.
O estudo destaca que o crescimento urbano rápido e desordenado agrava o problema, com a demanda por água superando a capacidade de renovação dos aquíferos subterrâneos. A longo prazo, a degradação silenciosa pode se traduzir em custos bilionários em infraestrutura e em riscos à vida humana. Especialistas reforçam que este é um momento crucial para entender os impactos presentes e futuros dessa ameaça geológica.
Fonte: CBS