A administração Trump está prestes a aceitar um presente bilionário do governo do Catar: um Boeing 747-8 luxuosamente equipado, apelidado de "palácio nos céus". O jato seria utilizado temporariamente como o novo Air Force One, substituindo os modelos antigos que estão em operação desde 1990. Avaliado em cerca de US$ 400 milhões, o avião será transferido à Força Aérea dos EUA, que fará as adaptações necessárias para seu uso presidencial. Após o fim do mandato de Trump, o jato será oficialmente doado à fundação de sua biblioteca presidencial, com todos os custos de transferência pagos pelos cofres públicos.
A medida, que seria anunciada durante uma visita de Trump ao Catar, gerou polêmica entre congressistas e especialistas em ética pública. Críticos afirmam que o gesto pode representar uma tentativa de exercer influência estrangeira e violar a cláusula de proibição de presentes da Constituição dos EUA. Senadores democratas chamaram a transação de "suborno de luxo", enquanto o governo alega que não há qualquer contrapartida envolvida. Segundo a Casa Branca e o Departamento de Justiça, a doação é legal, já que será feita primeiro à Força Aérea e depois à fundação — e não ao presidente diretamente.
Apesar das reações negativas, a Casa Branca defende a operação como totalmente transparente. O presidente Trump já havia demonstrado frustração com os atrasos no novo Air Force One, e chegou a pedir ajuda a Elon Musk para acelerar a entrega das aeronaves encomendadas. Agora, com o apoio do Catar e um avião pronto para uso, Trump deve conseguir voar em um novo modelo ainda este ano. A aeronave será modernizada pela empresa L3Harris e equipada com tecnologia de segurança presidencial antes de entrar em operação.
Fonte: ABC

