A tensão entre Donald Trump e Elon Musk ganhou novos contornos após declarações de Steve Bannon, ex-estrategista da Casa Branca e aliado do presidente. Em entrevista ao New York Times, Bannon defendeu que Musk seja deportado e pediu uma investigação formal sobre sua situação imigratória. Segundo ele, há indícios de que o bilionário sul-africano esteja ilegalmente nos Estados Unidos e que sua conduta deve ser alvo de apurações.
Bannon também sugeriu que Musk seja investigado por suposto uso de drogas e por ter acesso a informações privilegiadas do Pentágono sobre estratégias militares dos EUA em um eventual conflito com a China. A fala do aliado de Trump ocorre no contexto do embate público entre o presidente americano e o dono do X (antigo Twitter), iniciado após Musk criticar duramente o novo projeto de orçamento do governo, classificando-o como uma “abominação repugnante”.
Trump reagiu afirmando que Musk estava “se desgastando” e que decidiu afastá-lo do governo. O presidente republicano também declarou que revogou o “mandato de veículos elétricos” e que o bilionário “ficou louco”. Em resposta, Musk publicou que Trump consta nos registros ligados ao caso Epstein, insinuando envolvimento com o escândalo de exploração sexual de menores.
O passado imigratório de Musk voltou à tona com as críticas. Segundo reportagem do Washington Post, publicada em 2023, o empresário trabalhou ilegalmente nos EUA na década de 1990, quando fundou a empresa Zip2. Ele havia abandonado a Universidade de Stanford, o que anulou sua permissão de permanência no país. Investidores teriam condicionado aportes à regularização dos irmãos Musk, que admitiram a situação em entrevistas anteriores.
Com o acirramento da disputa política e pessoal, cresce a pressão sobre Musk, que, apesar de ter sido um dos maiores apoiadores de Trump, agora enfrenta ameaças de retaliação de ex-aliados poderosos e questionamentos sobre sua permanência no país.
Fonte: UOL