O governo do ex-presidente Donald Trump iniciou o envio de e-mails para centenas de milhares de migrantes da América Latina informando a revogação do status de permanência concedido por meio de programas de liberdade condicional humanitária. A medida atinge cubanos, haitianos, venezuelanos e nicaraguenses que viviam legalmente nos Estados Unidos sob proteção temporária.
Segundo o Departamento de Segurança Interna (DHS), mais de 500 mil pessoas foram impactadas. Em comunicado, a secretária-assistente Tricia McLaughlin classificou os programas como “desastrosos” e afirmou que os beneficiários seriam “imigrantes mal verificados”. A decisão segue uma autorização da Suprema Corte, que no dia 30 de maio confirmou o fim do programa, inclusive anulando as autorizações de trabalho dos afetados.
A mudança de status gerou forte reação entre defensores dos direitos dos imigrantes. Um panfleto divulgado pelo governo chamou os migrantes de “invasores estrangeiros”, e o DHS também tem promovido um aplicativo de autodeportação, intensificando a pressão para que os imigrantes deixem voluntariamente o país.
Durante uma coletiva em Los Angeles, marcada para tratar do tema, o senador democrata Alex Padilla foi retirado à força por agentes do Serviço Secreto ao tentar questionar a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem. O DHS acusou o senador de encenar um “teatro político desrespeitoso”. Em resposta, Padilla afirmou que Trump está “aterrorizando comunidades, separando famílias e colocando cidadãos americanos em risco”.
Fonte: Local10