Mahmoud Khalil, estudante de pós-graduação da Universidade de Columbia e ativista pró-Palestina, foi libertado após mais de três meses detido pelo ICE (Serviço de Imigração dos EUA) e deu sua primeira entrevista à emissora ABC News. Detido desde 8 de março, Khalil afirmou que se sentiu “sequestrado” e privado de seus direitos.
Casado com a médica Noor Abdalla, cidadã americana, Khalil teve o pedido de acompanhar o nascimento de seu primeiro filho negado. Ele só conheceu o bebê, Deen, no fim de maio. "Foi a coisa mais cruel que qualquer administração poderia fazer", disse ele, ao relatar o impacto emocional dessa ausência.
O governo Trump justificou a prisão alegando que sua permanência nos EUA seria uma ameaça à segurança nacional, mas o juiz federal Michael Farbiarz autorizou sua soltura, afirmando que não havia evidência de violência ou risco de fuga. Mesmo assim, o DHS criticou duramente a decisão, alegando que o Judiciário está minando a segurança nacional.
Khalil foi também acusado de ter mentido em sua solicitação de green card, o que ele nega. Ele afirma que é alvo político por ser uma voz forte contra a política americana em relação à Palestina. Apesar do risco de ser detido novamente, ele garantiu que continuará lutando pelos direitos dos palestinos: “Nenhuma ameaça vai me calar.”
Fonte: ABC