Mais de 55% das calorias consumidas pelos americanos vêm de alimentos ultraprocessados — produtos ricos em açúcares, gorduras e sal, como sanduíches, pizzas, bolos e refrigerantes. A informação foi confirmada pela primeira vez por um relatório oficial do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que analisou dados de consumo alimentar entre agosto de 2021 e agosto de 2023.
Entre crianças e adolescentes, o índice é ainda mais alarmante: quase 62% das calorias consumidas vêm desses produtos. Adultos mais jovens e pessoas de baixa renda também consomem mais ultraprocessados do que outros grupos. Apesar disso, o consumo caiu levemente em comparação com a década passada.
Especialistas apontam que há maior conscientização sobre os riscos associados a esses alimentos, que têm sido ligados a obesidade, diabetes e doenças cardíacas, embora a relação de causa e efeito ainda esteja sendo estudada. Uma pesquisa recente mostrou que pessoas consomem mais calorias e ganham mais peso com dietas baseadas em ultraprocessados, mesmo quando os valores nutricionais são parecidos com os de dietas mais naturais.
A definição de “ultraprocessado” ainda está em debate entre autoridades de saúde dos EUA, que pretendem estabelecer uma classificação oficial. Enquanto isso, nutricionistas recomendam que os consumidores optem por versões menos processadas sempre que possível, lendo rótulos e priorizando alimentos naturais ou minimamente processados.
Fonte: NBC

