A Delta Airlines está sendo pressionada por três senadores norte-americanos a explicar como utiliza dados de seus clientes após anunciar uma parceria com a empresa de inteligência artificial Fetcherr. A preocupação central é se informações pessoais — como histórico de compras, pesquisas online ou até dados de redes sociais — poderiam ser usadas para definir o preço que cada passageiro paga pela passagem.
O debate ganhou força depois que, em 2023, executivos da companhia mencionaram testes com IA para analisar “quanto as pessoas estão dispostas a pagar” por determinados serviços. Mais recentemente, o CEO citou o uso da Fetcherr para otimizar preços com base em múltiplas variáveis de mercado.
Em resposta, a Delta negou que esteja ou vá adotar tarifas personalizadas baseadas em dados individuais, afirmando que a IA é usada apenas para prever demanda, adaptar-se a condições de mercado e gerenciar operações como reservas e escalas de tripulação. A empresa destacou que nunca aplicou preços individualizados a partir de informações pessoais.
Especialistas alertam, no entanto, que o risco de uso abusivo de dados existe, já que informações públicas — como valor de imóveis ou hábitos de consumo — podem ser cruzadas para direcionar estratégias de venda. O site da Fetcherr afirma adotar “IA ética”, baseada apenas em dados agregados e sinais de mercado, sem uso de informações pessoais.
Fonte: NBC

