O presidente Donald Trump assinou, na quinta-feira (25), uma ordem executiva que viabiliza um acordo para manter o TikTok em operação nos Estados Unidos. O documento reconhece a negociação como uma “alienação qualificada”, atendendo à lei que exige que a ByteDance, controladora chinesa do aplicativo, reduza sua participação para evitar um banimento. A decisão também adia a aplicação da lei até 23 de janeiro de 2026.
Segundo a Casa Branca, o acordo prevê a criação de uma joint venture com sede nos EUA, composta majoritariamente por investidores e diretores americanos. A ByteDance ficará com menos de 20% de participação, dentro do limite legal para empresas de países considerados adversários. A Oracle será responsável por hospedar dados de usuários americanos, revisar o código do aplicativo e garantir a segurança do algoritmo.
O valor da nova empresa está estimado em US$ 14 bilhões, segundo o vice-presidente JD Vance. A lista completa de investidores ainda não foi divulgada, mas incluirá empresas americanas, entre elas a própria Oracle. Apesar disso, parlamentares republicanos manifestaram preocupação de que ainda haja dependência da tecnologia da ByteDance, o que poderia permitir influência do governo chinês.
A Casa Branca afirma que as salvaguardas adotadas — incluindo armazenamento de dados em servidores americanos e monitoramento rigoroso de algoritmos e atualizações — eliminam riscos de segurança nacional. Já especialistas alertam que recriar o algoritmo do TikTok para operar de forma independente pode ser altamente complexo, levantando dúvidas sobre a experiência dos usuários após a mudança.
Fonte: CBS

