Nicolás Maduro e Donald Trump conversaram recentemente por telefone em uma tentativa de chegar a um acordo que evitasse uma incursão militar dos Estados Unidos na Venezuela e estabilizasse a região do Caribe. Durante o diálogo, o presidente venezuelano apresentou uma série de condições para deixar o poder — todas rejeitadas por Trump, que, segundo a agência Reuters, deu a Maduro um prazo até sexta-feira (28) para deixar o país. O líder chavista permanece em território venezuelano e agora tenta um novo telefonema, que o presidente americano se recusa a atender.
Entre as exigências apresentadas por Maduro estavam anistia legal total para ele e sua família, o fim das sanções americanas, o encerramento do processo que enfrenta no Tribunal Penal Internacional e a suspensão das sanções contra mais de 100 autoridades de seu governo. Também propôs uma transição com governo interino sob Delcy Rodríguez, vice-presidente, seguida de novas eleições. Washington recusou todas as condições.
Em eventos públicos realizados nesta segunda-feira (1º), Maduro fez declarações indiretas sobre a pressão internacional e prometeu “lealdade absoluta” ao povo venezuelano, afirmando que defenderia o país “ao custo da própria vida”. Ele também reforçou que o poder nacional estaria baseado “no povo, em seus fuzis e na decisão de construir a pátria”.
As falas ocorreram no mesmo dia em que Trump se reuniu com secretários e autoridades militares para discutir o caso da Venezuela. Em uma marcha em Caracas, convocada para a posse dos Comandos Bolivarianos Integrais, apoiadores do governo defenderam a paz, mas disseram estar preparados para “defender a pátria”. Uma participante afirmou ter recebido treinamento militar, incluindo tiro, e declarou que o país está “preparado para se defender” de qualquer ameaça externa.
Fonte: CBN

