Os Estados Unidos planejam implementar uma nova exigência para turistas de diversos países: fornecer cinco anos de histórico de redes sociais para obter autorização de entrada. A medida integra o pacote de restrições adotado pelo governo Donald Trump para intensificar o controle de viajantes estrangeiros.
Segundo aviso publicado pela Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP), turistas de nações participantes do Programa de Isenção de Visto — como Reino Unido, Austrália, França e Japão — terão que incluir a informação ao solicitar a autorização eletrônica ESTA, válida para estadias de até 90 dias e que custa US$ 40. O novo item passará a ser um “dado obrigatório” do processo.
Além das redes sociais, o governo pretende coletar outros “dados de alto valor”, incluindo endereços de e-mail usados nos últimos 10 anos, números de telefone utilizados nos últimos cinco anos e nomes e dados de familiares. O formulário também exigirá o envio de uma selfie, que, segundo a CBP, ajudará a verificar a identidade do solicitante.
A proposta amplia o endurecimento das regras de viagem adotado após um homem do Afeganistão ser acusado de atirar em dois membros da Guarda Nacional perto da Casa Branca. Trump afirmou à época que iria reforçar as normas migratórias, incluindo uma pausa “permanente” na entrada de pessoas de países considerados inseguros.
O governo também anunciou recentemente a expansão de seu polêmico veto migratório, que agora alcança mais de 30 países, incluindo Afeganistão, Somália, Irã e Haiti. Segundo a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, permitir a entrada de cidadãos de países incapazes de ajudar na checagem de antecedentes “não seria seguro”.
A CBP ainda não respondeu aos pedidos de comentário da imprensa.
Fonte: CNBC

