A data oficial do início da temporada de furacões, 1° de junho, ainda não mudou, mas depois de seis anos seguidos em que as tempestades estão se formando com antecedência, o National Hurricane Center – NHC, está ponderando estabelecer um novo início.
Além disso, a agência decidiu aumentar seu próprio cronograma de monitoramento, e anunciou na terça-feira (02) que começará a emitir previsões diárias às 8h00 a partir do dia 15 de maio.
Desde 1965, a temporada oficial de furacões tem início no dia 1° de junho e término em 30 de novembro.
A proposta consiste em antecipar a data de início da temporada de furacões em duas semanas, para 15 de maio e, apesar das discussões sobre o planejamento já começarem nos próximos dias, se aprovada, a mudança não seria feita até pelo menos 2022.
Alguns especialistas são contrários à mudança, como é o caso do Dr. Marshall Shepherd, diretor do Programa de Ciências Atmosféricas da University of Georgia e ex-presidente da American Meteorological Society.
Segundo Shepherd a mudança estaria sendo feita com base em tempestades aleatórias e a alteração da data criaria um problema já que a percepção da população para o início da temporada de furacões está bastante estabelecida para o dia 1° de junho.
Ao longo dos seis meses da temporada, cientistas publicam atualizações regulares sobre as condições marinhas e atmosféricas no Oceano Atlântico, no Mar do Caribe e no Golfo do México, os locais onde os sistemas tropicais se desenvolvem e os relatórios são os primeiros indicadores de tempestades em potencial.
Tempestades de pré-temporada têm se tornado cada vez mais comuns nos últimos anos e especialistas atribuem isso a um melhor monitoramento por satélite.
No passado, as atualizações não eram emitidas rotineiramente, apenas se algo aparecesse em uma das bacias monitoradas. Agora, os relatórios serão apresentados regularmente.
Entretanto algumas pesquisas mostraram que as mudanças climáticas também podem desempenhar um papel nessa área, aquecendo a superfície do mar e aumentando o período para a formação de tempestades.
A ciência de como as mudanças climáticas afetam os furacões é complicada, mas há uma crescente confiança científica de que o aquecimento global pode levar a tempestades mais úmidas e fortes no futuro.
Fontes: Miami Herald e Sun Sentinel