Muitas mulheres sofrem com a infertilidade e um dos métodos de fertilização in vitro é a doação de óvulos de outra mulher: a chamada Ovodoação.
Mãe das gêmeas Gabriella e Isabella de três anos, aos 45 anos a brasileira Luciana Correia recorreu ao procedimento para engravidar. Não foi um processo fácil e por isso, resolveu montar uma rede de apoio para outras mulheres e explicou com exclusividade ao Gazeta News. "Meu sonho é que todos tenham acesso a fertilização", salienta.
"Eu sempre me dediquei a minha vida profissional, comecei a trabalhar desde 13, e aos 40, conheci meu marido e me mudei para os Estados Unidos. As 42 anos a chave virou e veio a vontade de ser mãe, junto com o diagnóstico de baixa reserva ovariana, onde para gerar um filho eu precisaria recorrer à Ovodoação", conta.
Ela então começou as tentativas nos Estados Unidos, mas acabou fazendo o tratamento no Brasil por vários motivos. "O amor pelo Brasil e a facilidade em ter minha família por perto, além de profissionais espetaculares e o custo mais baixo, decidi fazer meu tratamento em São Paulo. Não foi um processo fácil de aceitação, é um tratamento muito solitário e de difícil aceitação no primeiro momento. Você só pensa em: Não vai ter minha genética, da minha família e vários outros sentimentos que passam pela nossa cabeça", explica.
Mas aos 45 anos ela conseguiu engravidar e realizar o sonho de ser mãe. "Hoje tenho meus laços de fita graças à Ovodoação", analisa.
Rede de apoioCom tudo o que passou, Luciana decidiu montar uma rede de apoio no Instagram, para apoiar e acolher mulheres que passam por qualquer problema de infertilidade e explicar melhor sobre a ovoadoação. "Faço lives com especialistas da área, com pacientes, casais homoafetivos que também estão buscando o sonho da maternidade e da paternidade", destaca.
"É um processo de fertilização in vitro em que é possível gerar um filho até 50 anos, mais comum nos casos de baixa reserva ovariana em mulheres acima dos 40 anos, mas também usado nos casos de menopausa precoce, casais homoafetivos, maternidade independente, entre outros", ressalta.
ONG GestarLuciana apoia uma Organização não Governamental - a ONG Gestar. Segundo ela, idealizada pela Vanessa Jost, uma ex-tentante que sentiu na pele as dificuldades da Fertilização in Vitro. Ela ela abraça a causa, principalmente visando que a FIV seja acessível para todos, além de Associações que são criadas com este propósito".
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GESTAR ONG
Curiosidades sobre a ovodoação:- A Ovodoação aumenta as changes em torno de 65% de uma gestação e é indicada em casos de falência ovariana, sendo menopausa precoce ou baixa reserva ovariana nos casos de mulheres acima de +- 40 anos, com baixa reserva ovariana.
- Nos Estados Unidos é aprovado o banco de óvulos e muitas jovens doam para custear faculdade, por exemplo. No Brasil não é permitida a venda de óvulos, então existe maior dificuldade em disponibilidade, fazendo com que muitas mulheres busquem o banco internacional.
- Atualmente os bancos de óvulos da Espanha são os que mais procuram.
- Em 15 de junho de 2021 foi aprovada a resolução 2294 do Conselho Federal de Medicina no BR, onde entre vários temas autoriza a Doação de Óvulos com Parentes até 4o grau: Mãe, filha, irmã, sobrinha e prima.
- A Ovodoação é o tratamento mais caro da Fertilização in Vitro, no Brasil gira em torno de R$ 30.000,00 mais medicamentos e exames, nos Estados Unidos custa em torno de $ 28.000.
- Esse foi o custo que eu tive em 2017 e decidi fazer meu tratamento no Brasil, porque eu queria uma doadora de óvulos brasileira, tinha o apoio da minha família que mora em São Paulo, fora a compensação do custo depois de converter o valor.
- A busca e a aceitação para esse tipo de tratamento está crescendo, por isso é importante a informação para desmistificar a Ovodoação.