A agência de turismo Na Mala Tur, que vende pacotes antecipados de passagens aéreas e também por milhas, é acusada por cerca de 300 brasileiros de receber o pagamento e não enviar as passagens.
Com sede no Brasil e representante em Orlando, identificada pelos clientes como Moana Sampaio, a Na Mala Tur está sendo acusada de aplicar golpe em centenas de clientes brasileiros que estão nos EUA, no Brasil e até na Europa.
De acordo com as denúncias recebidas pelo Gazeta News, os brasileiros de diversas partes do mundo alegam terem sido lesados em prejuízos que envolvem valores como R$ 5 mil, R$ 10 mil, R$ 30 mil, com o montante chegando a milhões de reais e mais de 300 pessoas, segundo os denunciantes, que criaram grupos nas redes sociais para juntar todos que foram vítimas.
As histórias das viagens perdidas são várias e se estendem de turismo para realizar o sonho de uam criança de conhecer a Disney à mudança de país, negócios e reencontro familiar.
InfluenciadoresA agência vende pacotes para diversos destinos diferentes e não só nos EUA, e ficou muito conhecida por influenciadores, blogueiros e pessoas famosas que viajaram com a agência e faziam recomendações em suas redes sociais. Muitas pessoas disseram ter comprado por influência dessas propagandas, muito comum hoje em dia.
No dia 20 de maio, a agência informou pelo Instagram que iria interromper temporariamente a emissão de bilhetes e que um advogado falaria em nome da empresa e que todos seriam ressarcidos.
O que diz a agênciaPor e-mail aos clientes lesados, a agência informa que está analisando a situação e entrará em contato em breve.
O Gazeta News entrou com contato com o advogado Leonardo Camargo, que está representando a agência e afirmou que a empresa vai resolver os casos um a um.
Grupos movem ações individuais e coletivas
No Brasil e nos EUA, as vítimas estão formalizando boletins de ocorrência e processos na justiça contra a empresa, tanto individual, quanto como ação coletiva.
Alguns tentaram o retorno do pagamento que fizeram via PIX, mas foram informados que não havia saldo suficiente na conta para onde enviaram o dinheiro. "Todas as contas que ela utilizava para recebimento estão zeradas", reclamam.
"Não temos mais trabalho e nem passagens e corremos o risco de perder o prazo do visto em Portugal", conta Amanda Maidana, que estava com tudo pronto para se mudar para Lisboa.
O Gazeta News tentou contato também com Moana Sampaio, mas não houve retorno. À TV Globo, o advogado afirmou que todas as vítimas terão o dinheiro de volta.