O jovem David Allan Ohlson, de 18 anos, que admitiu à Justiça ter atirado contra a própria mãe, a brasileira Adriana Ohlson, de 49, em 8 de abril de 2022, foi condenado a uma pena de 124,5 meses de prisão — pouco mais de dez anos. As informações são do Pensacola News Journal.
A defesa de Ohlson alegou durante o processo que o cliente sofria de uma "doença mental severa" e precisava de tratamento especializado fora da cadeia. Apesar disso, a Justiça de Pensacola decidiu que ele era culpado. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu em 8 de abril.
Durante todo o processo, a defesa alegou a insanidade do acusado. No julgamento, um psicólogo do município testemunhou que, na avaliação dele, Ohlson não cumpria os requisitos para ser declarado inocente por insanidade. No entanto, Stephen Zieman afirmou que o réu era "o caso mais grave de (transtorno obsessivo-compulsivo que ele) já havia encontrado".
Ohlson acabou assinando um acordo de confissão em 17 de maio deste ano, no qual se comprometia a não contestar uma acusação de homicídio culposo com arma de fogo. Em troca disso, não foi julgado pelo assassinato na forma dolosa.
Uma moção apresentada à Justiça citava cinco justificativas para embasar a estratégia da defesa. O documento afirma que o acusado tem transtorno psicótico diagnosticado com alucinações e delírios; transtorno de humor; processos mentais gravemente prejudicados; transtorno de adaptação; e controles cognitivos, emocionais e de personalidade reduzidos.
A defesa de David também listou vários médicos locais como testemunhas no processo. Desde o crime, ele ficou detido na cadeia do condado de Escambia, sem direito a fiança.
Após ser preso, David afirmou ao xerife do condado de Escambia que "de todas as pessoas que ele planejava atirar, ele não esperava que sua mãe fosse uma delas".
Aaron Ohlson, que é pai de David, foi quem ligou para a polícia e relatou o tiro. Na ocasião, ele contou que seu filho atirou em sua ex-mulher de forma acidental.
Aos investigadores, Aaron explicou que estava separado de Adriana há três semanas. O pai do suspeito também relatou ter recebido um telefonema da vítima para dizer que David estava "com mau comportamento" e, na ocasião, ela falou sobre uma arma.
Ao chegar à residência, Aaron se deparou com a ex-mulher em pé na sala de estar, e seu filho, David, sentado de pernas cruzadas no chão. O suspeito então apontou a arma para o pai e, em seguida, para a mãe. Quando Aaron tentou se aproximar, David disparou contra a vítima e imediatamente largou a espingarda no chão.
Quando os agentes chegaram ao local, encontraram Adriana na sala de estar com um ferimento de espingarda no abdômen. Ela foi levada para o hospital, onde morreu durante uma cirurgia.
Leia mais em
BRASILEIRA MORRE ATINGIDA POR TIRO DISPARADO PELO FILHO EM PENSACOLA (FL)
