Um adolescente foi detido em um aeroporto da Flórida acusado de “skiplagging” - estratégia de 'pular' viagem. Ele faria seu primeiro voo sozinho de Gainesville para Nova York, mas desceria durante a conexão em Charlotte, na Carolina do Norte.
Logan Parson estava visitando Gainesville, Flórida, com seu pai, e planejava voltar sozinho. Na viagem de volta, seu pai reservou para ele um voo que começava em Gainesville, mas terminava em Nova York. Nova York, porém, não era o destino final de Logan.
Em vez disso, ele planejou sair do avião durante sua escala em Charlotte – sua cidade natal – e simplesmente abrir mão da etapa final de sua jornada, empregando um truque de viagem chamado “skiplagging”, ou emissão de bilhetes em 'cidades escondidas'.
Skiplagging explora os esquemas de preços das companhias aéreas em benefício do cliente. Normalmente, os voos diretos para um destino são mais caros do que um voo com escala, então os passageiros usam dessa astúcia para economizar.
Foi isso que Hunter Parsons, o pai de Logan, pensou quando reservou uma passagem para o filho para Nova York. “Usamos o Skip Lagged quase exclusivamente nos últimos cinco a oito anos”, disse Parsons ao Queen City News. “Reservei um voo da região de Gainesville para JFK via Charlotte.”
Depois que a American Airlines soube que o adolescente estava planejando pular o destino final, os funcionários ligaram para seus pais e os forçaram a comprar um novo voo direto de Gainsville para Charlotte.
Skiplagging
Skiplagging reduz os lucros da indústria aérea. A United Airlines processou um site dedicado a ajudar os viajantes a encontrar melhores ofertas de skiplagging, mas acabou perdendo.
Embora não haja nada de ilegal no skiplagging - pelo menos no momento - o setor aéreo pode definir suas próprias regras e punir os viajantes que forem pegos usando o 'hack' de viagem. Essas punições podem incluir a perda de pontos de viagem ou - como aconteceu com os Parsons - cobranças adicionais de passagens.
O Sr. Parsons não apenas teve que pagar mais pela segunda passagem de seu filho, como também ficou com medo por seu filho, que nunca havia voado sozinho.
A American Airlines emitiu um comunicado:
“Comprar uma passagem sem a intenção de voar todos os voos para obter tarifas mais baixas (bilhete de cidade oculta) é uma violação dos termos e condições da American Airlines e está descrito em nossas Condições de Transporte on-line. Nossa equipe de Relacionamento com o Cliente está em contato com o cliente para saber mais sobre sua experiência”, disse a companhia aérea em comunicado.
Parsons - que não sabia que a prática era desaprovada pelas companhias aéreas - disse que uma advertência teria sido preferível a ter seu filho detido e interrogado.

