A polícia do condado de Polk realizou uma coletiva de imprensa na tarde de quinta-feira (15) para discutir os detalhes de uma investigação sobre uma quadrilha sul-americana que praticava roubos de estabelecimentos na Flórida. O grupo chegou a fugir com cerca de US$ 1,7 milhão em pertences.
“Não é algo novo neste país. De fato, temos grupos da América do Sul trabalhando em todos os Estados Unidos neste momento”, afirmou o xerife Graddy Judd durante a coletiva de imprensa. “Eles têm como alvo casas de alto padrão e proprietários de empresas.”
De acordo com Judd, todos os quatro suspeitos nesse caso atravessaram ilegalmente a fronteira sul dos EUA e estavam morando na Flórida. Eles roubavam dinheiro, joias de alta qualidade e outros artigos de luxo.
“Eles são ladrões profissionais”, explicou. “Essa é uma conduta criminosa organizada em instalações de varejo.”
Os quatro suspeitos são Geraldine Galeano-Perez (33), Geiler Orobio-Cabezas (35), Jason Alexander Higuera-Ruiz (42) e Milton Ayala-Sierra (25), namorado de Perez.
Judd disse que o grupo ia a restaurantes asiático-americanos locais, fotografava os interiores e determinava quem eram os proprietários antes dos roubos. Eles também tinham bloqueadores de Wi-Fi que ajudavam a contornar os sistemas de alarme.
Depois de monitorar as vítimas por um tempo e descobrir suas rotinas, a quadrilha botava o plano em ação, afirmou Judd.
“Eles podem se vestir com uniformes de equipamentos de manutenção de gramado... Andar de scooters pela vizinhança, usando roupas de ginástica”, disse Judd. “E quando percebem que o caminho está livre, é aí que eles invadem e praticam o roubo.”
De acordo com Judd, esses casos surgiram não apenas no condado de Polk, mas também nos condados de Pasco, Pinellas, Manatee, Hillsborough e Collier.
“Mas há muitos outros. E, além disso, essas pessoas passaram por áreas como Kansas e Nova York”, disse Judd. “Eles não tinham medo. E por que eles não tinham medo? Porque não temos um sistema de imigração falido aqui na América - temos um sistema de imigração inexistente.”
Judd não é o único xerife da Flórida a criticar os problemas na fronteira. Em 2022, o xerife de Volusia, Mike Chitwood, também apontou a fronteira “porosa” como um grande fator por trás da atividade dos cartéis na região e um aumento nas mortes relacionadas às drogas.
“Não entendo por que essa é uma questão partidária”, disse Chitwood na época. “As pessoas estão morrendo. Mais pessoas morrem nos Estados Unidos por overdose de drogas do que por assassinato ou acidentes de carro. Mas o que estamos fazendo sobre isso?”

