O importante
Para alguém que nunca acampou, nunca dormiu nem na varanda, a alternativa do escritor soou quase como um chamado. Há de experimentar o novo para mudar, para mandar embora o que nos desconcentra. Como que alguém acostumado a passar horas diante do computador entre teclinhas e anotações tem uma ideia dessas? Veja bem, já inventaram o google. A um 'enter' de distância descobri que Alastair não é esse alguém. Antes de ser escritor, ele já correu maratonas, atravessou distâncias absurdas de canoa e bicicleta, fez expedições no gelo, subiu montanhas. Para se ter uma ideia, o homem foi eleito, em 2012, Adventurer of the Year pela National Geographic. Há, inclusive, uma chance gigantesca de que eu seja a última pessoa do mundo que não o conhecia, e de que esteja aqui lhe contando sobre alguém que lhe é familiar, já que seu livro, atenção para o título, Grand Adventures chegou ao top 8 mundial da Amazon. Três dia na casa de pedra para ele era um refresco. Só um refresco. Para mim, seria o extremo absoluto, seria a Grand Adventure definitiva. O que me faz voltar ao título desse texto. O que é só uma urgência para você, pode ser a coisa mais importante do mundo para mim. O que é uma novidade curiosíssima para mim, pode ser história antiga para você. A possibilidade do silêncio pode representar um presente para uns e um martírio para outros. O mundo é mesmo enorme. Nossa!