A Polícia Federal está realizando desde a madrugada de hoje (19) a operação Anos Dourados para combater fraudes contra Previdência Social. Os agentes vão cumprir 69 mandados de prisão temporária e 95 de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul.
Segundo a PF, a maioria dos mandados é contra servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), mas também são procurados donos de cartórios, advogados e empresários.
No Rio de Janeiro há equipes na capital e em mais 12 municípios da Baixada Fluminense e da região serrana. Pelo menos seis pessoas já foram detidas e foram apreendidos malotes, mochilas e caixas com documentos.
A assessoria de imprensa da PF informou que as investigações que resultaram nesta operação começaram em fevereiro deste ano e que o prejuízo causado ao longo dos últimos cinco anos é de aproximadamente R$ 200 milhões.
O esquema contava com cerca de 100 pessoas, que simulavam um suposto período de contribuição para conseguir o benefício previdenciário. Para isso, os fraudadores usavam nomes de empresas.
A polícia federal informou, ainda, que foram suspensos 1.561 benefícios, impedindo o pagamento de R$ 4 milhões por mês. Além disso, foram congelados 1.318 vínculos empregatícios inseridos de maneira fraudulenta no cadastro do INSS pela organização criminosa.
A operação conta com 420 policiais federais e com o apoio de 20 analistas da Previdência Social.
O superintendente da PF no Rio, Delei Carlos Teixeira, vai dar mais detalhes da operação Anos Dourados em entrevista coletiva hoje à tarde, na sede do órgão, na Praça Mauá.
Agência Brasil