Sem México e Canadá, a decisão do presidente Donald Trump referente ao aumento de tarifas ao aço (25%) e ao alumínio (10%) está sendo contestada pelos principais líderes de governo mundiais desde o anúncio feito na Casa Branca na quinta-feira, 8.
Nesta sexta-feira, 9, a China pediu aos Estados Unidos que retire "o mais rápido possível" essas novas tarifas, pois alertou que terão um "grave impacto" sobre o comércio internacional.
Mesma coisa fez a União Europeia (UE), que manteve cautela e evitou se chocar de frente, mas advertiu que a primeira opção da UE é sempre o diálogo, porém, caso não haja acordo, tomarão providências.
A ministra alemã de Economia, Brigitte Zypries, assegurou que Berlim combinará com a Comissão Europeia uma resposta "sensata, mas clara" às tarifas ao aço e ao alumínio americanas e advertiu que Donald Trump está isolando seu país. "É um protecionismo que ofende estreitos aliados, como a UE e a Alemanha, e que limita o livre-comércio", denunciou a titular de Economia. Mesma coisa fez o governo francês, que protestou na quinta à noite sobre a decisão.
Em Tóquio, o ministro de Assuntos Exteriores do Japão, Taro Kono, qualificou hoje de "lamentáveis" essas medidas tarifárias e advertiu que "podem afetar a cooperação econômica entre Japão e EUA".
Também o Governo sul-coreano se uniu às queixas e lamentou hoje a decisão de Trump, a quem antecipou que deve comparecer à OMC.
O Brasil também não descarta retaliar a decisão de Trump. O governo brasileiro admite preocupação com prejuízo às relações comerciais com os Estados Unidos e anunciou que o ministro do Comércio Exterior pode recorrer à Organização Mundial de Comércio (OMC). O país deve ser um dos mais afetados por sobretaxa, já que é a segunda nação que mais vende aço para os americanos.
Somente o Canadá e o México ficaram isentos do aumento. O governo canadense aplaudiu a decisão dos Estados Unidos e o México reiterou que a negociação do Tratado de Livre Comércio para a América Norte (Nafta) não deve estar fixa a condicionamentos.
"A vitalidade econômica, o crescimento e a prosperidade em casa são absolutamente necessários para o poder e a influência americanas no exterior. Uma Nação que não protege a prosperidade em casa não pode proteger seus interesses no exterior", defendeuo presidente.
Com informações de Agências internacionais.