O amigos do pessimiso e os derrotistas de plantão que me perdoem. Apesar das falhas (relativamente poucas) e do pouco brilho na festa de encerramento realizada na noite do último domingo (a abertura foi um show, o final, um anti-show) a realização dos Jogos Panamericanos do Rio foi um grande sucesso. Basta lembrarmos que há poucos anos atrás, a simples decisão de que o Rio sediaria os jogos provocou uma “onda” de especdulação pessimista. O Brasil, para muitos um país marcado pela violência urbana e total desorganização no âmbito governamental, parecia condenado a “pagar mico” diante das Américas. O otimismo incansável do Presidente do COI, Carlos Nuzman e o apoio decisivo de todas as esferas de poder público, a cidade do Rio de Janeiro, O Estado do Rio e o Governo Federal, possibilitaram ao Brasil não apenas realizar correta e brilhantemente os décimo-quintos jogos continentais, como, de quebra, deram uma portentosa “injeção de ânimo e auto-estima” ao povo carioca e ao Brasil, por tabela. Tem muita gente que não dá a menor bola para o esporte. Tem outros que simplesmente não conseguem enxergar a realidade inequívoca do marketing. Mas para a maioria que se sentou diante da TV (tivemos excelentes coberturas dos canais internacionais da Record e da Globo) e acompan hou as duas semanas do Pan, o que ficou como legado, muito mais do que as 54 medalhas de ouro, inéditas, quase o dobro das obtidas en Santo Domingo 2003 (lá foram 29 de ouro), é uma importante mudança no “estadoi de espírito” de uma população acostumada, sim, às tragédias causadas pelas balas perdidas. O esporte brasileiro tem sido fonte de alguns êxitos mundiais. No futebol, no automobilismo, no voleibol e no basquete. No iatismo, Judô, e outros esportes menos conhecidos. Mas nos Jogos Panamericanos nunca havíamos brigado de verdade sequer pelo terceiro lugar. Somente em edições recentes o Brasil se consolidou como quartom colocado. Neste Pan, por pouco, muito pouco, não superamos a “fábrica de atletas” do regime de Fidel Castro e por meras quatro medalhas de ouro não ficamos copm um espetacular e inédito segundo lugar. Essa é a plataforma que desejamos para brilhar nas Olimpíadas e saírmos do “grupo esforçado”. Em Pequim 2008, nosso moral estará elevado. O Rio de Janeiro (e até mesmo os paulistas mais radicais anti-Rio têm que admitir) é uma cidade talhada para o esporte, para a imagem de saúde que o esporte propicia. Segue sendo a mais identificada imagem do Brasil no Planeta. Dias antes já havia recebido a escolha do Cristo Redentor como uma das Maravilhas do Mundo Moderno. Pode ter sido puro marketing, mas também fez um bem enorme à auto-estima de uma cidade que já vive há três decadas marcada pelo espectro da violência urbana. Certamente que houveram problemas no Pan. O mais grave ocorreu com o desmoronamento do improvisado estádio para o Beisebol e Softbol. Esportes que apesar de totalmente desconhecidos pela maioria dos países envolvidos, é crucial para Cuba, Estados Unidos, Nicarágua e outras nações do Caribe. Foi um vexame ter encerrado os jogos sem que se realizassem as partidas finais do Softbol. Outros problemas como acesso a locais de competições, obras em andamento até dois dias após os jogos terem sido iniciados e uma festa de encderramento marcada pela desorganização e “descontraçãoamadora” podem ser apontados como elementos a serem corrigidos em nossa próxiumo big evento mundial, que será a Copa do Mundo de 2004. Masa discordo do sizudo Presidente da ODEPA (Organização Desportiva PanAmericana) que declarou estar o Rio “muito longe” de realizar uma Olimpíada. Não está não. O Pan demonstrou claramente que mesmo sem a experiência anterior na realização de eventos desse porte, o Brasil esteve muito próximo de uma nota 10. Basta lembrar o horrendo fiasco que foram os jogos de Atlanta, os piores da história moderna dos Jogos Olímpicos, onde ocorreram desde atentados terroristas e construção de instalações com paredes de papel. Comparados aos trágicos jogos de Atlanta, o Pan do Rio foi um exemplo de paz, harmonia, segurança, técnologia e espírito fraterno. Aí vem a Copa do Mundo. Com certeza o Brasil será escolhido comos ede daqui há dois meses e teremos sete anos para prepararmos um evento digno do futebol penta-campeão mundial. E que ninguém tenha dúvida: a realização do Pan evidenciou claramente a nossa capacidade de realizar a Copa e de sonharmos, legitimamente, pela Olimpíoada de 2016.

