O Exército autorizou a Polícia Civil do Rio a usar 15 fuzis AR-10, dos 60 que foram contrabandeados de Miami pelo traficante brasileiro Frederik Barbieri e apreendidos no Galeão em junho do ano passado.Foi a maior apreensão do tipo feita em um aeroporto do país.
O parecer libera para uso da polícia do Rio apenas os AR-10, pois uma determinação da própria Polícia Civil impede que a corporação use os fuzis AK-47.
Diariamente tidas como “sucateadas” pela falta de material, tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Militar do Rio têm um déficit de fuzis, segundo oficiais das duas corporações. Alguns dos armamentos usados pelos policiais têm apresentadomau funcionamento e problemas como travamento e até explosão de munições.
Um decreto de 2016 abriu a possibilidade de armas apreendidas serem reutilizadas por forças de segurança do país. Antes disso, todas as armas eram descartadas.
Os tipos das armas apreendidas no Galeão, fuzis AK-47 e AR-10, só poderiam ser usados por tropas de elite.
O parecer do Exército foi enviado ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região para autorização da Justiça, que ainda não se posicionou.
"De acordo com a legislação em vigor, a decisão quanto à doação/destruição dessas armas compete ao Poder Judiciário. Cabe ao Exército Brasileiro a emissão de parecer quanto à possível doação, o que é feito pela Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados", explicou ainda o Exército.
Frederick Barbieri foi preso no dia 24 de fevereiro por agentes do U. S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) e é apontado pela polícia como o maior fornecedor de fuzis para o Brasil. Ele está sendo mantido preso em Miami e teve fiança estabelecida em $1,5 milhões.
Com informações do G1.
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