Um vídeo postado por duas das quatro filhas do rei Abdullah bin Abdul Aziz, da Arábia Saudita, que denunciaram, em março, estar presas pelo pai, repercutiram na última semana. No vídeo divulgado no YouTube, elas pedem ajuda à comunidade internacional para serem libertadas. As informações são da agência “Efe”.
Sahar e Yawaher Bint Abdullah Al-Saud acusam o pai de mantê-las encarceradas há 13 anos, junto com outras duas irmãs (Maha e Hala), em duas casas no interior do palácio real da cidade de Jidá.
Usando um hijab (véu que cobre o cabelo) no vídeo, Sahar denunciou que o rei e seus meios-irmãos Mutaib e Abdelaziz as estão privando de comida e água há mais de uma década.
“Estamos destilando água do mar e comendo comida vencida”, comentou Sahar no vídeo. “Estão nos matando de fome”.
Carta a Obama
A ex-mulher do rei saudita, a jordaniana Alanoud Alfayez, de 57 anos, chegou a enviar uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pedindo ajuda para libertar suas quatro filhas. “Alguém tem que intervir. Minhas filhas não são criminosas, não mataram ninguém”, escreveu Alanoud, que vive em Londres desde o divórcio, em 2003.Segundo diplomatas na Arábia Saudita, as princesas estão detidas em Jidá, mas podem circular com guarda-costas.
Lord Anthony Lester, que foi advogado da ex-mulher de Abdullah, explicou que há oito anos já havia tentado libertar as jovens, mas o rei recusou-se a cooperar.

