O líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ), pediu que seja retirado da página do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, um adesivo com a frase: “Sou Heloísa e voto Geraldo”.
Segundo o líder, o adesivo deve gerar uma ação junto ao TSE para impedir o uso indevido do nome da candidata do Psol à Presidência da República. “Continuamos cobrando idéias, propostas, projetos, posições em relação ao futuro do País, e não apenas a busca do voto a qualquer preço e com expedientes que não correspondem à posição do Partido Socialismo e Liberdade”, disse.
Imediatamente o deputado Julio Semeghini (PSDB-SP) tentou explicar a iniciativa, dizendo que o adesivo é fruto de uma conversa que os líderes do PSDB tiveram com a senadora Heloísa Helena (Psol-AL), juntamente com líderes do Psol. Segundo ele, ficou claro que a candidata e os parlamentares do partido não tomariam posição, e ficariam neutros. “Estamos dando um incentivo, uma oportunidade ao eleitor do Psol que queira se manifestar dizendo que de coração é Heloísa Helena, mas vota, nesta oportunidade, em Geraldo Alckmin”, defendeu ao garantir que não se pretende nenhuma manobra, e sim municiar os eleitores de material de campanha.
Mas segundo a vice-líder do Psol, deputada Luciana Genro (PSOL-RS), a decisão do Psol não é pela neutralidade. Seu partido decidiu não apoiar nem Lula nem Alckmin. “Os nossos eleitores evidentemente são pessoas livres para votar em quem quiser, mas o Psol tem uma posição, que é nem Lula nem Alckmin”, recomendou.
Ela fez um apelo para que o candidato Alckmin retire de seu site o nome da senadora Heloísa Helena, pois não há autorização para que ele seja usado por ele ou pela candidatura de Lula. “Não confiamos em nenhum dos dois candidatos e entendemos que ambos representam o mesmo modelo econômico e o mesmo modelo político, os quais rejeitamos durante a eleição”, concluiu.
Agência Câmara