Não é só nos textos dos comerciais de cervejas e produtos incentivadores do futebol, mas de verdade, se a Copa do Mundo fosse programada no período em que o Brasil vive o Carnaval, com certeza a Fifa ficaria de fora da disputa por unanimidade. O Brasil para de verdade nestes quatro dias.
O ex-jogador Ronaldo e sua família fizeram do Sambódromo do Anhembi palco para alegria e choro de emoção, quando uma das maiores escolas de samba de São Paulo entrou na avenida com o ex-craque pentacampeão do mundo. O ex-jogador estava em um carro que, entre outros destaques, apresentava um telão exibindo lances do atacante com a camisa do Corinthians. Vestido de dourado, com um nó na garganta, anunciou antes do desfile: “Vou chorar o desfile todo”, palavras que foram o estopim para a marca que Ronaldo Nazari deixou no Sambódromo: sorrisos e muitas lágrimas.
A Gaviões da Fiel foi para a avenida com o enredo “R9 - O voo real do Fenômeno”, que trouxe momentos importantes da vida do atleta, desde quando era o Ronaldinho, da dona Sônia. Quatro mil componentes, 24 alas, 5 carros imensos e 5 setores, formaram um dos maiores desfiles de 2014.
Zico troca Nilópolis por Ramos
Indo para a cidade maravilhosa, o apresentador, ex-camisa 10 do meu Mengão, Zico, disse à imprensa: “Ser homenageado, ser o enredo de uma escola do peso de uma Imperatriz... É gratificante eles terem me escolhido. Em 1975, fui homenageado na quadra, recebi um troféu muito bonito. Estava começando minha carreira, tinha sido artilheiro do campeonato e, no Carnaval de 1976, a Beija-Flor foi campeã. Com isso, passei a ser Beija-Flor e todos os anos ia na Sapucaí”, explicou a mudança ao ser homenageado pela Imperatriz Leopoldinense. Mas quem não escapou da cena foi o ex-craque e atual deputado federal, que se recusou a soprar o bafômetro na madrugada de sábado de Carnaval, por isso teve a apreensão de sua carteira de habilitação: “Não bebo, mas nesse dia tomei champanhe”, disse, rasgando sedas ao eterno craque flamenguista, Zico: “Não tive a oportunidade de jogar com o Zico, apenas nos últimos anos, nas partidas festivas que ele realiza sempre ao final de cada ano. Mas, tenho certeza que se tivéssemos jogado juntos, eu teria feito mais de dois mil gols. É muito importante que grandes ídolos, como o Zico, recebam homenagens deste tipo. Importante também para as gerações atuais, que não puderam vê-lo em campo e conhecem a sua história e a sua importância para o futebol”, disse Romário.

