O governo reeleito do Paraná, Roberto Requião de Mello e Silva, da coligação Paraná Forte (PMDB/PSC), afirmou, nesse domingo(29), em sua primeira entrevista depois de reeleito, que sua vitória significou o triunfo do interesse público sobre os grandes interesses econômicos. “Aqui se travou uma batalha do Brasil, a batalha do interesse público e nacional contra os interesses das grandes corporações e grandes grupos econômicos”, disse. Segundo Requião, essa batalha foi vencida por uma idéia de nação que se caracteriza pelo respeito às pessoas.
“Foi uma eleição dura, difícil, mas bonita. A batalha do Brasil foi travada aqui”, disse. O governador fez questão de chamar a atenção para os institutos de pesquisa que lhe davam de 6 a 8 pontos de vantagem, embora a vitória tenha sido apertada. “Sempre fui desconfiado de urnas eletrônicas - o que poderá ter acontecido?” , questionou.
“Tínhamos vitória garantida em grandes centros e isso não ocorreu, ganhamos com a soma dos municípios mais pobres, onde não era possível manipular. Não estou dizendo que houve manipulação, mas não descarto essa hipótese”. Para Requião, técnicos têm que estudar o que aconteceu, porque nunca se viu no Brasil uma defasagem tão grande entre as pesquisas cientificas de opinião e o resultado de algumas urnas.
De acordo com Requião, apesar de toda a baixaria e das mentiras que foram colocadas no processo eleitoral pelos seus adversários, o povo paranaense confirmou que ele fez um bom governo. “Nada mais importa além desse resultado. Foi uma campanha dura, muita mentira, muita agressão, nenhuma proposta concreta. Tentaram desconstruir a imagem do governo e bateram em uma barreira. Esta barreira foi a aprovação da população paranaense."
Sobre o relacionamento futuro com Osmar Dias (PDT), candidato derrotado neste segundo turno, Requião disse que ficou estremecido por conta das mentiras criadas. “Com certeza o relacionamento não fica bem. O Osmar Dias foi muito desleal, inventou um apartamento meu em Paris, propriedades nos Estados Unidos. Ele está sendo processado e na Justiça terá que explicar toda esta barbaridade. Um comportamento muito pouco honrado.”
Agência Brasil