Errar humano est, perserverar diabolicum, dizia um antigo ditado latim que não precisa de tradução. A própria ciência, ou seja, o conhecimento humano baseado no real, está recheada de “erros”. São eles que permitem que a ciência evolua. Errar é indispensável ao progresso, seja científico, social ou pessoal.
Erros são as “verdades” de um tempo que novos conhecimentos, descobertas, observações, percepções desmentem, demonstrando sua limitação ou engano. Isso é bom, não é?
Quem consegue passar por este processo demonstra ser alguém que progrediu, que refletiu, olhou mais de perto, que pensou! sobre a realidade e chegou a uma nova conclusão. Demonstra ser alguém que não está parado no tempo, que usa o cérebro e sobretudo que é honesto consigo e com os outros. É alguém de mente aberta, que preza a verdade e está disponível a evoluir no lugar de se prender a uma opinião, sentimento ou posicionamento.
Aplaudimos esse tipo de pessoa.
Ninguém sabe tudo e as informações hoje em dia são demasiadas e conflitantes. Haja capacidade de discernimento para distinguir a verdade da mentira. Errar é possível e, aliás, é muito provável.
O problema, portanto, não é o erro. O problema é a dificuldade de admitir o erro.
Por quê? Seguem algumas possíveis respostas:
• Baixa autoestima.
A pessoa não aguenta se ver como errada e evita enxergar qualquer coisa. Nega o assunto.• Burrice.
A pessoa não consegue mesmo perceber e não abre espaço para um novo entendimento.• Orgulho.
Admitir o erro é visto como uma fraqueza e a pessoa não quer se sentir “por baixo”.• Medo.
A pessoa tem medo de ser julgada e sofrer retaliações.• Poder.
A pessoa não quer perder o poder que adquiriu sustentando determinado posicionamento. No caso do medo e da baixa autoestima é importante ressaltar que o erro, assim como acontece na ciência, faz a pessoa evoluir, isso significa ter mais conhecimento, consciência, e também poder.
