O primeiro ministro, Tony Blair, prometeu nesta quinta-feira(7) deixar o governo do Reino Unido em um ano.
O pronunciamento foi uma tentativa de tranquilizar os membros de seu Partido Trabalhista, que pressionam por uma data para sua saída.
"Eu preferiria fazer isso da minha maneira", disse Blair, admitindo que foi pressionado a fazer o anúncio após a crise estabelecida em seu governo. O premiê se negou, no entanto, a definir um dia exato para deixar o cargo.
"A data exata será estabelecida por mim, de maneira adequada", afirmou Blair, que governa o Reino Unido há quase uma década e venceu três eleições consecutivas.
A popularidade de Blair registrou queda no Reino Unido após o envolvimento de governo em escândalos políticos e devido à controvérsia em torno dos conflitos no Líbano e no Iraque.
Com uma ala de partido temendo pela crescente impopularidade de Blair, oito deputados trabalhistas, o subsecretário de Estado de Defesa, o deputado Tom Watson, e outros sete membros do governo, renunciaram ontem em protesto contra a atual liderança.
Antes do pronunciamento, o porta-voz do premiê negou a especulação sobre um abandono imediato do cargo e não quis fornecer datas, dizendo que as informações veiculadas na mídia britânica, que dizem que Blair deixaria o governo em maio de 2007, não passam de "especulações".
Candidatos
Existe cada vez mais uma exigência por parte dos deputados trabalhistas junto a Blair para que ele ceda o poder ao influente ministro da Economia, Gordon Brown, considerado seu sucessor natural.
A mídia britânica afirma hoje que Blair e Brown realizaram nesta quarta-feira uma "acirrada reunião" sobre o futuro do Partido Trabalhista.
Blair já disse que não pretende disputar as próximas eleições, previstas para 2009.
O líder conservador David Cameron, cuja imagem jovem garante vantagem sobre Blair nas pesquisas de opinião no Reino Unido, afirmou que o governo do Partido Trabalhista "está desmoronando".