O sequestrador de Cleveland, Ariel Castro, foi condenado, no dia 1º de agosto, à prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional, pelo sequestro e estupro de três jovens que manteve em cativeiro por uma década.
O juiz Michael Russo impôs a pena pelos crimes de homicídio agravado - por ter interrompido várias gestações de uma de suas reféns - assim como por centenas de outros delitos que incluem sequestro e estupro.
Durante a audiência de sentença, Castro disse não ser uma pessoa ruim. “Não sou um monstro. Estou doente”, declarou.
“Eu sei que eu estou 100% errado”, mas “eu acho que eu sou viciado em pornografia a ponto de me tornar impulsivo e de não saber que o que eu faço é errado. Eu sou viciado, como outros são dependentes do álcool”, declarou antes de pedir perdão as suas vítimas. Somente uma de suas três vítimas se dispôs a falar durante o tribunal - Michelle Knight, de 32 anos, que fez um comovente testemunho.
“Eu vivi onze anos de inferno, agora o seu inferno está apenas começando”, disse. “Eu vou superar o que aconteceu. Você viverá no inferno por toda a eternidade”, disse ela, lendo um texto preparado com antecedência. “Eu posso perdoar, mas nunca vou esquecer. Eu viverei (...) enquanto você morrerá pouco a pouco a cada dia pensando nos onze anos e nas atrocidades que você nos infligiu”, declarou.
Cenas de horror
Apesar de Castro ainda afirmar que jamais bateu ou torturou essas mulheres, policiais descreveram ao tribunal o horror que eles encontraram na casa dele.A oficial de polícia Barb Johnson contou como ela descobriu as três jovens em cativeiro: “Eu me lembro de um ambiente muito sombrio”, relatou, ao falar da dificuldade em subir as escadas cheias de móveis empilhados e “cortinas pesadas”.

