O chefe do Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados dos EUA, comandado pelo deputado republicano do Michigan Peter Hoekstra, comentou nesta quarta-feira(20) que ações militar não basta para combater o extremismo islâmico: é necessário também um trabalho econômico e social nos locais que estão apoiando os norte-americanos contra o terrorismo.
"Temos que reconhecer que essa guerra não pode ser vencida apenas com base numa ofensa militar", disse Hoekstra. "Precisamos de uma estratégia compreensiva, nos engajarmos em diferentes frentes."
Um porta-voz de Hoekstra disse que ele não estava se afastando da administração Bush [George W., presidente dos EUA], mas mostrando novas medidas que devem ser realizadas no combate a organização terrorista Al Qaeda e outros grupos extremistas.
Citando o conservador "think tank" American Enterprise Institute, Hoekstra lembrou sua recente viagem à Argélia, um parceiro relativamente recente no combate ao terror. De acordo com ele, autoridades daquele país disseram que querem trabalhar com os EUA em questões de desenvolvimento econômico, médico e de energia, além do setor militar e de inteligência.
As declarações acompanharam um relatório de um comitê que examinou as mudanças no grupo terrorista Al Qaeda desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 e a ameaça representada por seus militantes e terroristas treinados no país.
"Infelizmente, ainda há lacunas no nosso entendimento dos grupos extremistas islâmicos, o que deixa a América vulnerável a ataques futuros", informa o documento de 28 páginas.