A África do Sul permanece em luto com a morte do seu ex-presidente, Nelson Mandela, 95 anos no último dia 5. Mandela morreu em casa, na cidade de Pretória. Ele ficou internado de junho a setembro devido a uma infecção pulmonar.
No dia 11, milhares de pessoas passaram ao lado do caixão do ex-presidente, pela primeira vez exposto ao público desde sua morte.
O trajeto percorrido foi longo. A maioria teve de enfrentar mais de seis horas de fila para poder passar, em menos de cinco segundos, ao lado do caixão. Apesar do sol forte, que se opôs à chuva incansável do dia anteiror, durante o tributo no Estádio Soccer City, o dia estava bonito e o cansaço não encobria o entusiasmo de cada um.
“A espera vale a pena porque vamos dar nosso último adeus a Tata”, disseram vários sul-africanos à “Agência Brasil”, carregando consigo adereços com a imagem de Mandela e chamando o ex-presidente por um de seus apelidos carinhosos.
O corpo de Mandela será sepultado domingo, 15, em Qunu, cidade onde ele nasceu, a quase mil quilômetros de Pretória.
História
Conhecido como “Madiba” na África do Sul, Mandela foi considerado um dos maiores heróis da luta dos negros pela igualdade de direitos no país e foi um dos principais responsáveis pelo fim do regime racista do apartheid, vigente entre 1948 a 1993. Ele ficou preso durante 27 anos e ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1993, sendo eleito em 1994 o primeiro presidente negro da África do Sul, nas primeiras eleições multirraciais do país.Em 1999, não se candidatou à reeleição e se aposentou da carreira política. Desde então, ele passou boa parte de seu tempo em sua casa no vilarejo de Qunu, onde passou a infância, na província pobre do Cabo Leste.
Após o fim da carreira política, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Participou de uma campanha de arrecadação de fundos para combater a Aids que tinha como símbolo o número 46664, que carregava quando esteve na prisão.
Em novembro de 2009, a ONU anunciou que o dia de seu aniversário seria celebrado em todo o mundo como o Dia Internacional de Mandela, uma iniciativa para estimular todos os cidadãos a dedicar 67 minutos a causas sociais - um minuto por ano que ele dedicou a lutar pela igualdade racial e ao fim do apartheid. Com informações da “Agência Brasil” e “G1”.

