A Suprema Corte de Nova Jersey julgou procedente o pedido de visitas requisitado pelos advogados de Silvana Bianchi, avó do menino Sean Goldman, e ela terá o direito de rever seu neto.
A decisão veio após o Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro negar, no dia 7, recursos apresentados pela avó materna do garoto, que pediam que fosse considerada ilegal a decisão provisória do próprio tribunal que ordenou a entrega dele ao pai biológico, o americano David Goldman.
Em 2009, o então presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, rejeitou habeas corpus ajuizado pela família brasileira do menino que solicitava a suspensão da entrega de Sean ao pai. Com a decisão, o menino embarcou com David, em 24 de dezembro de 2009, para os Estados Unidos e não retornou mais ao país.
Na ação judicial, os advogados de Silvana Bianchi alegaram que o menino foi enviado aos EUA sem que a Justiça brasileira tivesse consultado se ele preferia permanecer no Brasil ou ir viver com David na América do Norte.
Desde dezembro de 2009, quando a guarda de Sean foi concedida ao pai, o americano David Goldman, a avó materna Silvana aguarda pela oportunidade de visitar o menino.
Segundo Carlos Nicodemos, advogado de Silvana, após obter a guarda do filho, Goldman passou a fazer uma série de exigências para que a avó materna pudesse visitá-lo. Entre elas, o pagamento de $200 mil dólares que corresponderia às despesas que Goldman teve com advogados ao longo do processo.
Para autorizar as visitas, o pai de Sean também teria requisitado a retirada das ações movidas por Silvana nos tribunais brasileiro e americano.
"Ela só quer o direito de visitar o neto, não há nenhum pedido em relação à guarda. Agora, vamos esperar pela execução da sentença", explicou Nicodemos, que também pretende acionar a justiça federal dos Estados Unidos. "A Convenção de Haia garante o direito de visita à chamada família extensiva. Por isso, vamos tentar em duas frentes para que Silvana consiga visitar o neto o quanto antes", acrescentou o advogado.
Goldman foi casado com Bruna Bianchi, filha de Silvana, que morreu em 2008. A partir daí, os avós maternos e o americano iniciaram uma disputa pela guarda de Sean, que envolveu até mesmo os governos brasileiro e americano.
As informações são da “Folha”.
