Uma nova autópsia de George Floyd, o afro-americano que foi assassinado pelo policial Derek Chauvin no dia 25 de maio, revelou que ele havia contraído o novo coronavírus. No entanto, a causa da morte apontada nas duas autópsias feitas, a oficial e a encomendada pela família, é de que Floyd morreu devido à pressão sobre seu pescoço exercida pelo policial.
Floyd, de 46 anos, morreu depois que Chauvin ajoelhou-se sobre o seu pescoço por quase nove minutos, em Minneapolis, no estado de Minnesota. O vídeo da cena, na qual ele repete várias vezes que não consegue respirar, viralizou e reacendeu a questão da brutalidade policial contra negros nos EUA.
Policial filmado asfixiando George Floyd é preso e acusado de assassinato
O que vai acontecer aos policiais que o mataram?
Chauvin, de 44 anos, foi demitido e inicialmente acusado de homicídio em terceiro grau. Ele será processado também por homicídio em segundo grau. Além disso, a Promotoria de Minnesota anunciou na última quarta-feira que acusará os outros três policiais demitidos por terem participado da ação de terem ajudado e favorecido o assassinato, e já entrou com mandado de prisão para o trio. Com a nova acusação, que se soma às outras duas, Chauvin pode receber uma sentença de até 40 anos de prisão, 15 anos a mais do que a sentença máxima para assassinato em terceiro grau, equivalente a homicídio culposo.Protestos contra a morte de George Floyd se espalham pelos EUA
Além das manifestações nos EUA, a morte de Floyd provocou protestos em outras partes do mundo, como no Reino Unido e na Holanda. Na madrugada desta quinta-feira, manifestantes voltaram a desafiar o toque de recolher que vigora em 40 cidades americanas. De acordo com a Associated Press, cerca de 3 mil prisões aconteceram em Los Angeles, Nova York, Dallas e Filadélfia. A maior parte das detenções aconteceu por violações do toque de recolher, mas centenas de pessoas também foram detidas por roubo e saques.
