Moção contra
Após a emissão da ordem presidencial, o Senado mexicano aprovou na última quarta feira, por unanimidade, uma moção exigindo que o governo do país encerre a cooperação com os EUA nas áreas da migração e segurança, considerando o envio da Guarda Nacional à fronteira como "mais um insulto" do presidente americano. "A conduta [de Trump] tem sido permanente e sistematicamente não apenas desrespeitosa, mas ofensiva, com base em preconceitos e desinformação, com o uso frequente de ameaças e chantagens", disse a senadora Lara Rojas. O presidente deu prazo de 30 dias a Nielsen, ao chefe do Pentágono, James Mattis, e ao procurador-geral, Jeff Sessions, para que lhe apresentem um relatório com detalhes do plano de ação na fronteira. Trump alertou que a segurança do país está ameaçada pelo aumento drástico de atividades ilegais na fronteira, incluindo o fluxo de "grandes quantidades de fentanil, outros opioides e novas drogas perigosas e ilícitas [...] em níveis sem precedentes". O presidente advertiu ainda que o "rápido aumento das travessias ilegais" esperado para os próximos meses, entre a primavera e o verão, ameaça "transbordar" o atual patrulhamento das fronteiras. O anúncio da Casa Branca veio pouco depois de o presidente prometer ações decisivas contra a imigração e afirmar a intenção de utilizar as forças militares para reforçar a fronteira até a construção do tão prometido muro nos limites do país com o México. O ministro mexicano do Exterior, Luis Videgaray, afirmou que a Casa Branca foi informada de que a militarização da fronteira irá "danificar gravemente as relações bilaterais". Trump vinha há dias criticando o governo mexicano por conta de uma "caravana" de migrantes da América Central que estaria seguindo rumo aos EUA através do México. Estima-se que cerca de 1.500 pessoas de Honduras, Guatemala e El Salvador estejam viajando em direção à fronteira.